por marian pessah
primero en lengua brasilera, más
adelante en argentina
Finito o vestibulare, fui assistir
o polémico film do verão: A vie d’Adèle,
no seu título original, e aqui no Brasil, Azul,
é a cor mais quente. Sinceramente? Parece que o diretor franco-tunisiano
Abdellatif Kechiche, acabava de ver o kamasutra lésbico – dizem que também é
feito por homens – e se decidiu a filmá-lo a partir da HQ “Azul” da jovem Julie
Maroh. Mas, se é isso o que ele queria, são desnecessárias as 3 longuíssimas horas,
fazendo o filme perder o foco de tudo. De que era mesmo que ele queria falar?
Várias amigas vinham comentando este
filme do qual recebi notas escritas, e, até, perguntas de que achava eu ao
respeito. Acho que só por isso fui a vê-lo, sinceramente, não me interessam as
más traduções, nem interpretações hetero-machistas de uma escritora declarada
lésbica e feminista.
O filme começa bem, até. A Adèle
é adolescente, ainda está na escola, e aparece numa aula de literatura. O
professor, a partir de uma leitura pergunta axs alunxs se conhecem aquele
sentimento; a sensação de que alguma coisa estivesse faltando. Isso acontecerá
com a protagonista frente à pressão (das patrulhas hétero-sociais) das amigas
do colégio, ter que sair com um menino bonitinho que não tira os olhos dela.
Uma Adèle muito pouco convencida sai com ele, ficando nítida a pouca atenção
que o bonitinho dava aos sentimentos dela. Mais uma vez, o que importa é como
os homens se sentem, e não as mulheres. Essa sensação de falta de completude
vai contrastar de maneira estridente ao conhecer Emma, a menina dos cabelos
azuis. Ai estarão os “cinco minutos” de
paixão de que fala tudo mundo. O filme tem altos e baixos. Quando elas estão
ainda se conhecendo há um clima de tensão instalado (interessante), sabendo que
ambas se desejam; contudo, ainda não houve aproximação física. Porém, a partir
do primeiro beijo, a câmera rompe todo ritmo típico de cinema francês e tem uma
crise de cinema estadunidense. Aparecem as duas nuas em um ambiente que não
sabemos onde é e sem nenhum tipo de preliminar. Esse será um dos três “grandes”
momentos eróticos do filme. Desses que muitas pessoas estão debatendo sobre a
classificação. Eu não acho que sejam imagens pornô. Simplesmente, são fantasias
de um homem heterossexual, brincando de kamasutra; ou bem, imaginando o que
duas meninas apaixonadas fazem na cama, e fora dela.
Em seguida vem as apresentações
às famílias, deixando nítido que a Emma tem muito bem resolvida a sua
sexualidade e na casa não há problema nenhum. Enquanto a Adèle aparece um pouco
como quem “disso” não se fala. Porém, o padece. No começo com as mesmas
patrulhas da escola, uma vez que a Emma foi esperá-la à saída, lhe disseram que
andava em companhia de machorras e que agora tinha se transformado numa lambe-bucetas.
Também, com as escusas que dava, mais tarde, ao seu colega de trabalho quando a
convidava, reiteradas vezes, a sair depois da jornada.
Na versão livre do patriarca
tunisiano, elas moram junto e reproduzem todos os papéis do mais convencional
casal heterossexual e monogâmico. Ela, Adèle, é uma perfeita ama de casa; “ele”,
Emma, lê na cama até que ela acaba de lavar a louça. “Ele” pode paquerar outras
mulheres, mas quando ela é descoberta, acabará sendo chamada de puta (quanta
originalidade!), e sendo expulsa da casa. Os dez mandamentos do patriarcado
estão, sem exceção, no filme. Adèle
ficará arrasada. Por muito tempo, a veremos com suas
constantes lágrimas, que por vezes, se misturam com o vinho branco que ela
bebe, gerando uma peculiar meleca que nos deixa tristes. Já não saberemos se
por estragar o vinho francês, por que o filme se alonga sem piedade, ou... ah,
é, porque a nossa protagonista está triste, pois o tunisiano coloca a bela dama
no lugar de quem ainda acredita seja no príncipe, seja na princesa azul. Mas,
Emma pintou os cabelos de outra cor. A princesa azul se foi pela cloaca. Só
restaram desventuras e tempo e mais tempo para dizer o mesmo, ou seja, que aquele
vazio não é existencial é, simplesmente, que está faltando uma tesoura, umx
editorx no filme, um roteiro!! E também, um pouco de respeito da leitura
original que a escritora Julie Maroh, a quem ele não responde correios desde
2011,tinha feito.
Adèle, una historia
sin rumbo
x marian pessah
agora em língua argentina
Finito el vestibulare, fui ver el polémico film
del verano: A vie d’Adèle, en su
título original, y aquí en Brasil, Azul,
é a cor mais quente. ¿Sinceramente? Parece que el director franco-tunisino
Abdellatif Kechiche, acababa de ver el kamasutra lésbico – que dicen que también
está hecho por hombres – y se decidió a filmarlo a partir de la historieta “Azul”
de la joven Julie Maroh. Pero para ello son desnecesarias las 3 larguísimas horas,
haciéndole a la película perder el foco de todo. ¿Cuál fue el objetivo
del Sr. Kechiche?
Varias amigas venían comentando este film del cual
recibí notas, e, inclusive, preguntas de qué pensaba al respecto. Creo que sólo
por eso fui a verlo, sinceramente, no me interesan las malas traducciones ni
interpretaciones hétero-machistas de una escritora declarada lesbiana y
feminista.
La peli hasta que comienza bien. Adèle es una adolescente,
todavía está en la escuela, y aparece en una clase de literatura. El profesor,
a partir de una lectura pregunta a lxs alumnxs si conocen ese sentimiento; la
sensación de que alguna cosa estuviera faltando. Eso sucederá con la
protagonista frente a la presión (de los controles hétero-sociales) de las
amigas del colegio, tener que salir con un chico lindo que no le sacaba los
ojos de encima. Una Adèle muy poco convencida se dispone a asumir lo que sus
amigas esperaban de ella, quedando nítida la poca atención que el galán daba a sus
sentimientos de poco interés. Una vez más, lo que importa es cómo los hombres
se sienten, y no las mujeres. Esa sensación de falta de completud va a
contrastar de manera gritante al conocer a Emma, la muchacha de cabellos azules. Ahí estarán los “cinco minutos” de pasión de los
cuales habla todo el mundo. La película tiene sus altos y bajos. Cuando ellas
están aún conociéndose hay un clima de tensión instalado (interesante), sabiendo
que ambas se desean; así y todo, no hay, aún, aproximación física. Pero a
partir del primer beso, la cámara – o el director - rompe todo ritmo típico de
cine francés y le da una crisis de cine yankee. De golpe, aparecen las dos desnudas
en un ambiente que no sabemos dónde es y sin ningún preliminar, o sea, derecho
viejo. Ese será uno de los tres “grandes” momentos eróticos del film. Sobre los
que muchas personas están debatiendo sobre su clasificación. A mí no me
parecieron imágenes pornográficas. Simplemente, son las fantasías de un hombre heterosexual, jugando al kamasutra
lesbiano; o bien, imaginando lo que dos jóvenes hacen en la cama, y fuera de ella.
Con mucha pasión.
En seguida llegan las presentaciones a las
respectivas familias, dejando nítido que Emma tiene muy bien resuelta su sexualidad
y en su casa no hay ningún problema. Mientras que Adèle aparece un poco como quien
profesa el viejo “de eso no se habla”. Aunque lo padezca. Al comienzo de la
relación, con las mismas controladoras sociales de la escuela, una vez que Emma
fue a esperarla a la salida, le dijeron que andaba en compañía de marimachos y
que ahora era una chupa-concha. También, con las escusas que daba, más tarde, a
su compañero de trabajo cuando él la invitaba, reiteradas veces, a salir
después de la jornada.
En la versión libre del patriarca tunisino, ellas
vvien juntas y reproducen todos los papeles del más convencional matrimonio
heterosexual y monogámico. Ella, Adèle, es uma perfecta ama de casa; “él”,
Emma, lee en la cama hasta que ella termina de lavar los platos. “Él” puede levantarse
otras chicas, peros cuando ella es descubierta, acabará siendo tratada y
llamada de puta (¡cuánta originalidad!), y siendo echada de la casa. Los diez
mandamientos del patriarcado están, sin excepción, presentes a lo largo de los
interminables 180 minutos. Adèle se
queda super mal. Por mucho tiempo la veremos con sus constantes lágrimas,
que por veces se mesclan con sus mocos y el vino blanco que no deja de beber,
generando una sensación de tristeza. Ya no
sabremos si por arruinar el flamante vino francés, si porque la película se
alarga sin piedad, o... ah, sí porque nuestra protagonista está triste, pues el
tunisino coloca a la bella dama en el lugar de quien todavía cree en el
príncipe y/o la princesa azul. Pero Emma se tiñó nuevamente el cabello de otro
color. La princesa azul se fue por la cloaca. Sólo restaron desventuras y tiempo y más tiempo
para decir lo mismo, o sea, que aquel vacío no es existencial es, simplemente,
que ¡¡está faltando una buena tijera, una edición al film, un guión!! Y también,
un poco de respeto a la lectura original que la escritora Julie Maroh, a la que
él no le responde correos desde el 2011, había hecho.
Um comentário:
Também acho que as personagens, Adele e Emma, reproduzem uma relação conservadora. Os cabelos azuis de Emma, as duas na passeata gay serviram apenas para criar um clima atual, de mundo contemporâneo pois o que elas fizeram mesmo foi reproduzir o que de mais careta e machista existe numa relação. Não sei o que ele quis mostrar, será isso mesmo? Mostrar como, na real, são as relações entre pessoas do mesmo sexo, que nada tem de diferente das outras? E tbem o mundo preconceituoso a volta, pois apesar das mil batalhas para que se aceite um amor diferente, a sociedade, no fundo, não aceita não, em pleno século XXI ainda discutimos o sexo dos anjos, e fizemos como nossos tataravós. Talvez seja isso mesmo.
P
Postar um comentário