Pesquisar este blog

terça-feira, 2 de julho de 2013

em Maringá / PR

18/07/2013 

FESTIVAL DE CINEMA E ARTE FEMINISTA
AUDITÓRIO DA PEDAGOGIA
BLOCO H-12
Paulo Freire 

Coletivo Maria Lacerda & Gepecos

Convidam para:

Oficina Anarka-Feminista de Literatura, Stencil e Artvismo

14h-18h - Marian Pessah (Brasil-Argentina) 
Fotógrafa & escritora
Integrante do Grupo Mulheres Rebeldes

19h-22h - Elisa Riemer &
Lua'na Mendes &
Nicole Nicoli Carmona

domingo, 23 de junho de 2013

A passagem, uma ponte ao que virá.


primero en lengua brasileira
marian pessah - artivista


As ruas não estão propondo um Fora Dilma. Calma minha gente, muita calma nessa hora. Essa não é a proposta que percebo nas manifestações que venho participando em Porto Alegre e seguindo pelo Facebook em todo o país. A sensação é de um grande BASTA. De muito cansaço, de ter de suportar ou se submeter a  tudo. Eu não vi um só cartaz nas ruas de Fora Dilma, nem propondo acabar com a bolsa família, nem contra a política de cotas nas Universidades Públicas. Isso já nos dá uma base para pensar. O que as ruas estão exigindo é um transporte público de qualidade de acordo com as possibilidades e necessidades da população. É contraditório imaginar que uma família que vive da bolsa possa viajar num ônibus de R$ 3,00.

Também se está reclamando por saúde: mais leitos nos hospitais, melhor atendimento; assim como por educação. Que bom que as pessoas se cansem de achar normal que só 10% dxs candidatxs  às Universidades Públicas tenham lugar no Templo do Saber. Finalmente se luta pelo fim de uma “elite culta”. Estão trazendo médicxs de Cuba porque aqui não há, ou porque os salários não respondem às expectativas da elite da elite? (Cá, entre nós, vamos combinar que no Brasil, quem chega a doutor, tem de ter muitos meios econômicos para poder estar lá).  Aumentar o número de vagas nas Universidades, não se cogita? Duplicar, triplicar o ingresso seria a coisa mais lógica de se pensar, assim como melhorar o ensino básico e médio e aumentar os salários das professoras.  Por isso há tanto descontento com a Copa do Mundo, sim, aqui, no Brasil, país do futebol! Olha a emoção! Olha a mudança! O povo cansou de ver passar tanto dinheiro tão mal distribuído. Acabou a época do “pão e circo”; hoje Roma ficou na história. Olha como também se fala bem do Brasil, pois as críticas não são por pão. Há um reconhecimento implícito de que há trabalho e bolsa família, mas se reclama sim por qualidade de vida, pelo fim da hipocrisia, a gente não quer só comida.

A questão é que para que a presidenta Dilma, hoje, esteja no trono, foram feitas muitas alianças. É por isso que o Brasil tem como presidente da Comissão Nacional dos Direitos inHumanos, o Marcos inFeliciano, um evangélico furiosamente fanático. Num país laico?! Nesse contexto se vota pela chamada cura gay e a Comissão de Finanças aprova o Estatuto do Nascituro que põe fim a lutas estruturais do Movimento Feminista como é o caso de aborto legal, seguro e gratuito em casos de estupro. A partir de que ele seja implantado, não só estará proibido o aborto, mas passará a ser considerado crime. Contudo, à mulher lhe será “oferecida” uma ajuda econômica, mais conhecida como bolsa estupro até que o filho, ou filha, complete 18 anos. E O BRASIL, TEM DINHEIRO PARA INVESTIR EM ESTUPROS? NA MANUTENÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES, E NÂO EM EDUCAÇÃO E SAUDE? E os investimentos e financiamentos no agronegócio e nas mineradoras que o governo vem estimulando desde o primeiro governo Lula? Revolução agrária, destruição ambiental e perseguição aos povos originários não foram sequer mencionados no pronunciamento da presidenta. Nem por isso as massas querem sua saída, queremos sim que mais envolvidos nesses processos saiam às ruas e que acabem os acordos de gabinete.

Por isso vamos às ruas. Porque estamos fartxs de tantas injustiças, de que decidam por nós; de ver tantas incongruências! Vamos às ruas porque precisamos nos encontrar e conversar, entender e gritar, defender nossos sonhos. Vamos às ruas para lutar pelo que acreditamos! Infelizmente está havendo muitos infiltrados. A gente não vai às manifestações de martelo e machado, cuidado! Esses não somos nós. Por que não se fala seriamente de quem são eles? Dias atrás passou no jornal um policial quebrando o vidro do próprio carro da polícia. Vamos deter o filme por um momento e ficarmos com essa imagem. Por que razão não se falou horas sobre esse fato e sim há tanta insistência em continuar mostrando o que essas pessoas infiltradas continuam destruindo? Estamos vivendo um belo momento anárkico. Que emoção! Não temos representantes. A maior prova disso foi na última manifestação em Porto Alegre, quando a marcha se separou em três partes, não houve consenso do trajeto. Isso demonstra como a situação é plural, não há alianças, nem negociações; há diversidade! Mas, no final, as três partes nos reencontramos na avenida João Pessoa. Pode haver discordâncias conjunturais, mas o foco do descontento é o mesmo e estamos juntxs na luta.

Tudo começou pelo preço da passagem. Agora o que ficou foi a PASSAGEM como metáfora entre duas realidades. Vamos unir os sonhos com a realidade. O Brasil somos nós. Estamos fazendo caminho, hoje somos o sujeito da história. Na quinta-feira 20 de junho houve um milhão de pessoas nas ruas do Brasil!!!  Ir às manifestações e vivenciar no corpo a sensação de que podemos, isso, já está mudando as pessoas. E isso gera muito medo em outras. Ontem já não é hoje. Então, não queremos Fora Dilma, não queremos um golpe, calma minha gente que assiste as manifestações por TV, o que queremos é demonstrar que estamos vivxs e em desacordo com as alianças. Queremos mudar esta realidade, e temos FORÇA para isso.


domingo 23 de junho




El pasaje, un puente a lo que vendrá.

marian pessah – artivista
fotos 
 
La gente en las calles no está proponiendo un “Fuera Dilma”, un “que se vayan todxs”. Calma gente, mucha calma en esta hora. Esta no es la propuesta que percibo en las manifestaciones que vengo participando en Porto Alegre y siguiendo por Facebook en todo el país. La sensación es de un gran BASTA. De mucho cansancio, de tener que soportar y someterse a  todo. Yo no vi un sólo cartel en las calles de Fuera Dilma, ni proponiendo acabar con la bolsa familia, ni contra la política de cuotas en las Universidades Públicas. Esto ya nos da una base para pensar. Lo que se reclama en las calles  es transporte público y de calidad, de acuerdo con las posibilidades y necesidades del pueblo. Es contradictorio imaginar que una familia que vive de la bolsa pueda viajar en un colectivo de R$ 3,00 (U$S 1,4).

También se está reclamando por salud: más camas en los hospitales, mejor atendimiento; así como por educación. Qué bueno que las personas se cansen de ver como normal que sólo el 10% de lxs candidatxs a las Universidades Públicas tengan su lugar en el Templo del Saber. Finalmente se lucha por el fin de una “elite culta”. ¿Están trayendo médicxs de Cuba porque aquí no hay, o porque los sueldos no corresponden a las expectativas de la elite de la elite?[i]  Aumentar el número de vacantes en las Universidades, ¿no se tiene en cuenta? Duplicar, triplicar el ingreso sería la cosa más lógica de pensar, así como mejorar los colegios primario y secundario, aumentar los salarios de las profesoras.  Por eso hay tanto descontento con la Copa del Mundo, sí, aquí, en Brasil, ¡país de futbol! ¡Mirá qué emoción!, !Fijate qué cambio! El pueblo se cansó de ver pasar tanto dinero tan mal distribuido. Acabó la época del “pan y circo”; hoy Roma se quedó en la historia. Fijate cómo también se habla bien de Brasil, pues los pedidos no son por pan. Hay un reconocimiento implícito de que hay trabajo y la bolsa familia, pero se reclama por calidad de vida, por el fin de la hipocresía, a gente não quer só comida.

El gran nudo es que para que la presidenta Dilma, hoy, esté en el trono, fueron realizadas muchas alianzas. Es por eso que Brasil tiene como presidente de la Comisión Nacional de Derechos inHumanos, a Marcos inFeliciano, un evangélico furiosamente fanático. ¿En un país laico?! En este contexto se vota por la llamada cura gay y la Comisión  de Finanzas aprueba el Estatuto do Nascituro que pone fin a luchas estructurales del Movimiento Feminista como es el caso del aborto legal, seguro y gratuito en casos de violación. A partir del momento en que sea implementado, no sólo estará prohibido el aborto, también pasará a ser considerado crimen. Eso sí, a las mujeres violadas les darán su premio consuelo, si son pobres y el “padre”, sí, el violador leíste bien,  no quiere asumir al/a “hijo/a”, les será “ofrecida” una ayuda económica, más conocida como bolsa estupro, beca violación, hasta que el hijo, o la hija  complete los 18 años. ¿Y BRASIL TIENE DINERO PARA INVERTIR EN VIOLACIONES? EN LA MANUTENCIÓN DE LA VIOLENCIA CONTRA LAS MUJERES Y NO EN EDUCACIÓN NI EN SALUD? Las inversiones en financiamientos del agronegocio y las minerías que el gobierno viene estimulando desde el primer mandato de Lula, ¿para eso también hay? Revolución agraria, destrucción ambiental y persecución  a los pueblos originarios no fueron siquiera mencionadas en el discurso de la presidenta del viernes a la noche. Pero insisto, no pedimos su salida, queremos que más gente sea consciente y se envuelva en este proceso y que también salga a las calles y acaben los acuerdos de gabinete.

Por eso tomamos las calles. Porque estamos hartxs de tantas injusticias, de que decidan por nosotrxs; ¡de ver tantas incongruencias! Vamos a las calles porque precisamos encontrarnos y conversar, entender y gritar, defender nuestros sueños. ¡Vamos a las calles para luchar por lo que creemos! Lamentablemente está habiendo muchos infiltrados. Nosotrxs no vamos a las manifestaciones con martillos y hachas, ¡cuidado! Esos no somos nosotrxs. ¿Por qué no se habla seriamente de quiénes son ellos? ¡Días atrás fue mostrado en el noticiero un policía quebrando el vidrio de un patrullero! Paremos la película un momento  y detengámonos en esta imagen. ¿Por qué razón no se habló horas sobre este acto y, en cambio, se insiste en continuar mostrando lo que esas personas infiltradas continúan destruyendo? Estamos viviendo un bello momento anárkico. ¡Qué emoción! No tenemos representantes. La mayor prueba de esto fue en la última manifestación en Porto Alegre, cuando la marcha se separó en tres partes, no hubo consenso del trayecto. Esto demuestra cómo la situación es plural, no hay alianzas, ni negociaciones; hay diversidad. Pero al final las tres partes nos reencontramos en la avenida João Pessoa. Puede haber desacuerdos coyunturales, pero el foco del descontento es el mismo y estamos juntxs en la lucha.

Todo comenzó con el precio del pasaje. Ahora lo que quedó es el PASAJE como metáfora entre dos realidades. Vamos a unir los sueños con la realidad. Brasil somos nosotrxs. Estamos haciendo camino al andar, hoy somos el sujeto de la historia. El jueves 20 de junio fuimos un millón de personas en las calles de todo Brasil!!!  Ir a las manifestaciones y vivenciar en el cuerpo la sensación de que podemos, eso, ya está cambiando a las personas y también genera mucho miedo en otras. Ayer ya no es hoy. Entonces, no queremos Fuera Dilma, no queremos un golpe de Estado, calma gente que asiste a las  manifestaciones por la TV, lo que queremos es demostrar que estamos vivxs y en desacuerdo con las alianzas. Queremos cambiar esta realidad, y tenemos la FUERZA para eso.
Porto Alegre, domingo 23 de junio











[i] Brasil sigue pasando por el momento de “mi hijo el doctor”, el 57% de lxs estudiantes quiere seguir medicina, que  con vagas tan limitadas, el ingreso es muy difícil, lo que implica a veces en años de intentarlo pagando cursos caros y muy caros de preparación.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Brasil decide investir em estupros


Semana passada a Comissão de Finanças aprovou um substitutivo ao projeto que cria o Estatuto do Nascituro. Ele prevê o direito ao pagamento de pensão pelo Estado às crianças concebidas através de estupro no caso do “pai” – o estuprador – não poder arcar com isso ou não for identificado. Pensão de estuprador, bolsa estupro: um projeto insalubre.

Com essa nova lei, cada mulher estuprada, e que ficar grávida, para que não aborte o Estado lhe pagará o equivalente a um salário mínimo até que a criança complete 18 anos. Também está prevista a possibilidade de que o estuprador reconheça a criança e seja ele o feliz papai quem banque a mesada dx filhx. E as mulheres? Alguém pensa em nós? E nas crianças mal-concebidas como consequência de uma violação? Não, não estás lendo a trama de um filme de terror de próxima estreia; é mais um fruto divino que está tentando amadurecer dos evangélicos.

Escolher pagar bolsa estupro às mulheres em lugar de investir em educação sexual para acabar com as violações, é uma opção ideológica. Vocês são conscientes que se está optando por uma sociedade de mulheres abusadas e crianças não desejadas? Isso é um terrível retrocesso na luta do Movimento Feminista! O Brasil era um dos poucos países do mundo, em que uma mulher estuprada não necessitava demonstrá-lo, sua palavra era suficiente para poder abortar legalmente. Em lugar de pensar na dor que um estupro ocasiona, o que se quer é que nós, mulheres, fiquemos presas à vida toda a esse terrível momento! Uma volta a Idade Média!

O incompreensível, se é que é possível tentar entender esse HORROR, é que a mesma Comissão de Finanças diga que não há dinheiro para educação deixando as professoras com um salário insignificante que está perto dos R$ 1.200,00, porém, para dar via livre ao estupro, sim há dinheiro???? Façamos números. Brasil, que acaba de ganhar o 7º lugar do ranking mundial em violência contra as mulheres, tem um estupro a cada 10 minutos.  Isso significa 144 estupros diários, vezes 365 dão 52.560 estupros por ano. Se pensarmos “positivamente”, no caso de que só duas mulheres ficassem grávidas por dia, isso dá 730 salários mínimos a pagar durante 18 anos. Um cálculo estimado em R$ 88.300.800,00. Essa conta aproximada seria só o primeiro ano, porque no segundo se somarão as novas mulheres estupradas e assim no terceiro e no quarto e no quinto, até chegar a 18 anos em que se “nivelaria”. Alguém pensou na soma, para mim abstrata, de quanto dinheiro significa esse horror? Em lugar de investir em educação, indústrias, melhorar estradas, o Brasil opta por investir em estupros, em manutenção da violência!!

Convocatória. Para todas aquelas pessoas que estejam com a digna raiva, nos estaremos reunindo no Parque da Redenção, neste sábado 15, as 15 hs. Vamos com a indignação às ruas, essa não é a sociedade que nós desejamos.  Vamos defender os nossos sonhos de mulheres livres e autônomas!!
Nem um passo atrás! Dois a frente e punhos ao alto!


Brasil decide invertir en violaciones



La semana pasada, la Comisión de Finanzas de Brasil, aprobó un sustituto al proyecto que crea el Estatuto do Nascituro. Ese punto previene el derecho al pago de pensión por el Estado a las/los niñas/os concebidas/os a partir de una violación, caso el “padre” – el violador– no pueda asumir los gastos, o no fuera identificado. Pensión por abuso, beca violación: un proyecto insalubre.

Con esta nueva ley, cada mujer violada y que quede embarazada, para que no aborte el Estado le pagará el equivalente a un salario mínimo hasta que la/el hija/o complete los 18 años. También está prevista la posibilidad de que el violador reconozca la hija/o y sea el feliz papá quien banque los gastos. ¡¿Y las mujeres?!  ¿Alguien piensa en nosotras? ¿Y en las/os niñas/os mal-concebidas/os como consecuencia de una violación? No, no estás leyendo la trama de un film de terror de próximo estreno; es un nuevo fruto divino que está intentando madurar de los evangélicos.

Elegir pagar beca violación a las mujeres en lugar de invertir dinero en educación sexual para acabar con las violaciones, es una opción ideológica. ¿Ustedes son conscientes que se está optando por una sociedad de mujeres abusadas y crianzas no deseadas? ¡Eso es un terrible retroceso en la lucha del Movimiento Feminista! Brasil es uno de los pocos países del mundo en que una mujer violada no necesita demostrarlo, su sola palabra es suficiente para poder abortar legalmente en cualquier hospital público. En lugar de pensar en el dolor que un acto tan violento ocasiona, ¡lo que se quiere es que nosotras nos quedemos presas de por vida a este terrible momento! ¡Una vuelta a la Edad Media!

Lo incomprensible, si es que es posible intentar entender este HORROR, es que la misma Comisión de Finanzas diga que no hay dinero para educación dejando a las profesoras con un sueldo insignificante, próximo a los R$ 1.200,00 (U$S 600), no obstante, para dar vía librea las violaciones, sí, hay dinero???? Hagamos números. Brasil, que acaba de obtener el  7º lugar del ranking mundial en violencia contra las mujeres, tiene una violación a cada 10 minutos.  Esto significa 144 violaciones diarias, multiplicadas por 365 dan 52.560 violaciones al año. Si pensamos “positivamente”, en el caso de que solo dos mujeres quedaran embarazadas por día, serían necesarios 730 salarios mínimos a pagar durante 18 años. Un cálculo estimado en R$ 88.300.800,00 (U$S 44.150.400). Esta cuenta aproximada sería solo el primer año, porque al segundo se le sumarían nuevas mujeres violadas y así al tercero y al cuarto y al quinto, hasta llegar a los 18 años en que se “nivelaría”. ¿Alguien pensó en la suma, para mí abstracta, de cuánto dinero significa este HORROR? En lugar de invertir en educación, hospitales, industrias, mejorar carreteras; Brasil opta por invertir en violaciones, ¡¡en la manutención de la violencia!!
marian pessah (h)artivista


terça-feira, 11 de junho de 2013

Libertárias anarka-punks


Libertárias anarka-punks queimam sutiãs na Marcha de Londrina dia 08/06, a foto foi excluida pelos INQUISIDORES DO FB...

Libertárias anarka-punks queimam sutiãs na Marcha de Londrina dia 08/06, a foto foi excluida pelos INQUISIDORES DO FB...

quarta-feira, 3 de abril de 2013

traduções do portu ao espa


gente, estou fazendo traduções do português ao espanhol, na hora de precisar, lembrem de mim. Divulguem também, se possível.
obrigada

terça-feira, 12 de março de 2013

Declaratoria del Comando Colibrí







                  Se me ha preguntado qué es el comando colibrí y, tal vez, yo no sea la más adecuada para dar una respuesta. Sin embargo, diré algo sencillo. El comando colibrí es el brazo armado del feminismo latinoamericano decolonial. Pero nuestras armas no son las de fuego, sino las de aire y las de carne. Hace mucho tiempo, el poeta del siglo de oro español Lope de Vega dijo: las palabras de mujer se las lleva el viento. Una idea que le hizo mucho ruido a Sor Juana Inés de la Cruz. Y si esto es así, entonces, tendremos que trabajar con el viento, pero también con las palabras. Así pues, sí, trabajamos con las palabras, con el arte, con la cultura, con el mundo simbólico, con las nubes, con la tierra, con el agua, con el aire. Ahora bien, nuestro trabajo no es algo diferente a inventarnos formas para crear problemas e imaginamos siempre las estrategias más perfectas para meternos en ellos. Y sí que nos hemos metido en problemas. Recuerdo, por dar un ejemplo, la tarde aquella en que le pusimos un tutu color rosa a la estatua del libertador Simón Bolívar, en Bogotá, y la policía nos correteó. También, solemos distribuir manzanas envenenadas entre las princesas. Realmente el veneno no es suficiente como para hacerle daño a un mosco, pero sí para causar una diarrea espantosa. Y es que para nosotras no hay una imagen más poética que la de Blanca Nieves toda cagada. Sí, nuestra política es grosera, porque nuestra rabia no tiene poesía. Entonces, nuestra política, si es que existe tal cosa, es el sabotaje. Y no, no creamos nada original, sólo usamos las palabras que nos son útiles y que vienen de todas partes. A esto se le ha llamado plagio, nosotras lo llamamos: resignificación.Como comando guerrilla, nosotras no queremos los mediocres derechos de los hombres, ni su hipócrita tolerancia, ni su débil respeto, queremos dinamitarlo todo: al estado, al capital, al racismo, a la colonialidad, a la familia, a las religiones opresivas, a las transnacionales, a los transgénicos, a los bancos, a las ideas de que la mujer es ante todo madre, a la sexualidad como dispositivo, a la heterosexualidad como norma. Ni dios, ni estado, ni partido, ni marido. Nuestra demanda es una y sólo una: construir las condiciones de posibilidad de una esperanza de utopía, aquí, en el Abya Yala. Resistimos como mujeres, pero algunas queremos resistir como monstruos: seres cuya capacidad de seducción, como dice Itziar Ziga sobre las perras, es igual o superior a su terrible inteligencia. En esta instancia, es obvio que somos feministas. Feministas de las cabronas, no de las buenas. Una feminista es un monstruo que lucha por un mundo donde quepan muchos mundos y donde la humanidad no sea sinónimo de devastación,  donde las vaginas no signifiquen lo que ahora y la menstruación no sea condición de subalternidad. El comando colibrí somos todas y es ninguna. Estamos en todas las selvas, todos los desiertos, todas las cordilleras, todas las ciudades, todos los campos donde quiera que el patriarcado se haya asentado. Somos monstruos, si, pero el comando es promiscuo, exagerado y espectacular. Entonces, somos coalición, por afinidad, de perras, lobas, colibrís, delfines rosados, alienígenas, putas pagas y no pagas, lesbianas, brujas, vampiras, niñas raras, no-mujeres, indígenas, esclavas, malinches, lloronas, cyborgs, campesinas, mestizas y demás figuras de circo.Ahora bien, el comando está furioso, porque la violencia física, simbólica, económica, síquica, contra nuestras hermanas es tanta y tan fuerte, que nos están exterminando a todas, aquí, en nuestro hogar. Por eso, hemos adoptado una consigna que nació con sangre: “Si tocan a una, nos tocan a todas”. En ese sentido, como comando guerrillero, debemos aprender a defendernos con el cuerpo, porque nuestras armas también son las de carne. Por eso, para el comando es fundamental formar a sus subcomandantas en autodefensa, manejo de cuchillos y de armas de fuego. No entendemos bien, como verán, en qué momento se unió el pacifismo con el feminismo. Y no, no vamos a matar a nadie, porque hemos hecho una revolución sin disparar una sola arma. Hablamos de defensa, nunca de ataque. Pero si un cabrón intenta violarme o matarme por el simple hecho de “parecer” mujer, entonces yo ya no seré una cachorra asustada, sino una perra enfurecida y le mostraré de qué materia esta hecho el infierno. Hoy tenemos una sola escuela de formación, mañana, de nuevo, estaremos en todas partes. Aún queda una esperanza. No puedo concluir sin decir que el comando colibrí es, ante todo, una aventura colectiva, un desordenar lo que sabemos, lo que creemos saber, lo que sentimos, de cómo nos construimos y de lo que deseamos. Una forma de desparender la colonialidad de género, para reaprender a estirar las alas y a recibir el sol en el rostro y a la luna en el vientre. Sí, hacemos nuestra la historia de la colonialidad, de cómo las esclavas y las indígenas fueron violentadas, de cómo fuimos construidas como objetos, como animales de carga, pero nunca como humanas y, desde ahí, nos construimos otras. Y lo hacemos porque una cosa es cierta, frente a las diferentes formas de discriminación, de silenciamiento, de disciplina, de colonialidad, en nuestro mundo hecho por varios mundos: la resistencia será feminista y decolonial o no será. ¿Cuál es la promesa del comando colibrí? 



                 Una sola: la lucha continua, no importa la latitud, no importa las circunstancias, no importa el nivel de violencia: estamos aquí. Nos tomaremos el cielo por asalto, pero también la tierra. Vamos a traicionar la cultura, porque la cultura nos ha traicionado, como nos lo enseñó Gloria Anzaldúa. ¿A dónde nos llevara todo esto? No sé, porque además yo no he venido a decir cómo va a acabar todo esto, sino cómo va a empezar. Voy a enseñarles a todas lo que ellos no quieren que veamos. Les enseñaré un mundo sin reglas y sin controles, sin limites ni fronteras. Un mundo donde mi vagina no signifique nada, donde no se intercambie a las mujeres, donde no exista el Paraíso y el Edipo no funcione, donde con quien haga el amor y cómo lo haga no se de por sentado. Un mundo donde sea más fácil conseguir un vaso de agua que un arma de fuego. Un mundo donde quepan muchos mundos. Un mundo donde pueda decir, con amor: “por ti”. Un mundo donde cualquier cosa sea posible. Lo que hagamos después es una decisión que dejo en sus manos. ¿A cuál comando perteneces?

Maria Teresa Garzón

 

terça-feira, 5 de março de 2013

8 de marzo

Primeiro em língua argentina



8 de Marzo mujeres en el poder, o el poder de las mujeres
o… cómo romperle el patriarcado al sistema

marian pessah[1]

        El mundo no va a cambiar el día que las mujeres[2] lleguemos al poder, sino el día que las mujeres tomemos consciencia que YA estamos en el poder.

        Para desarrollar esta idea tendríamos que discutir varias cosas, entre ellas, qué significa poder, y qué tipo queremos, si el sustantivo, el verbo, o la acción. Mientras tanto, me quedo pensando que las mujeres somos el 94% de las profesorAs de la “educación formal”, también, pienso en el papel relevante que tienen las madres en este patriarcado capitalista. PAREMOS. Detengamos un momento las rotativas y pensemos. BASTA de reproducir violencia, opresión, sumisión, sí señor. Vamos a producir nuestro mundo, a enseñarlo y transmitirlo, tenemos todas las herramientas en nuestras manos, ¿o no estamos YA en los lugares en que se enseña a vivir y se transmiten las reglas del juego de la vida? ¿Quién pasa más tiempo con lxs niñxs en las guarderías, en las escuelas, universidades, en las casas? ¿Cómo es que les seguimos cuidando y criando sus hijxs al patriarcado? ¡Qué locura!, ¿qué clase de dispositivo nos han metido en la cabeza? Somos las mujeres quienes estamos criando a los futuros hombres violentos y feminicidas. ¿Se dieron cuenta? ¡Paremos las máquinas! Es hora de DESOBEDECER.

        Entendámonos: llegar al poder por la vía electoral significa que nos sigan domesticando y acomodando a su imagen y semejanza. ¿Más aún? Es llegar al centro de la corrupción y poder manejar las máquinas que lavan las cabezas. Tomemos consciencia e impulso del poder que tenemos YA, HOY en nuestras manos. La revolución se hace en las casas, en las camas, en las calles y en las escuelas. Unámonos a una otra educación popular, al poder popular consciente y con consciencia, sólo así le romperemos el patriarcado al sistema.

       Deseo que el 8 de marzo sea un abridor de consciencias, con flores y árboles que tengan los pies en la tierra, y nosotras, la lucha y los puños en alto.


Ahora  en lengua brasilera




8 de Março mulheres no poder ou... o poder das mulheres

marian pessah[3]

O mundo não vai mudar no dia que as mulheres[4] cheguemos ao poder  mas no dia em que as mulheres tomemos consciência de que JÁ estamos no poder.

Para desenvolver esta ideia teríamos que discutir várias questões, entre elas, o que significa poder e que tipo queremos, se o substantivo, o verbo, ou a ação. Fico pensando que as mulheres somos 94% das professorAs da “educação formal”, também penso no papel relevante que têm as mães neste patriarcado capitalista. CHEGA. Vamos deter as máquinas do sistema por um momento e pensar. BASTA de reproduzir violência, opressão, submissão, sim senhor. Vamos produzir nosso mundo e transmiti-lo, temos todas as ferramentas em nossas mãos, ou JÁ não estamos nos lugares em que se ensina a viver e onde se transmitem as regras do jogo da vida? Quem passa mais tempo com as crianças nas creches, nas escolas, nas universidades, nas casas? Como é que seguimos cuidando e criando xs filhxs do patriarcado? Que loucura! Que tipo de dispositivo nos meteram na cabeça? Somos as mulheres quem estamos criando os futuros homens violentos e feminicidas. Já se tocaram disso? CHEGA!! É hora de DESOBEDECER.

Vamos nos entender: chegar ao poder pelas urnas significa que continuem a nos domesticar e que nos construam a imagem e semelhança dos patriarcas . Mais ainda? É chegar ao centro da corrupção e poder dirigir as máquinas que lavam as cabeças. Vamos tomar consciência e impulso do poder que JÁ temos HOJE em nossas mãos. A revolução se faz nas casas, nas camas, nas ruas e nas escolas. Vamos nos unir a uma outra educação popular, ao poder popular consciente e com consciência, só assim poderemos criar fissuras profundas e irreparáveis no sistema patriarcal.

Desejo que o 8 de março seja um abridor de consciências, com flores e árvores que tenham os pés na terra e, nós mulheres, na luta e os punhos em alto.








[1] marian pessah – (h)artivista  - grupo Mulheres Rebeldes - http://radicaldesdelaraiz.blogspot.com.br/  /                          marianapessah@yahoo.com.br

[2] Hablo de las mujeres en plural porque somos muchas y diferentes. Cuando hablamos de LA mujer, en el imaginario colectivo se dibuja el modelo de mujer blanca, heterosexual, clase media, monogámica y…sumisa. Al nombrarnos en plural, dejamos la puerta abierta a todas las posibilidades, inclusive, a quienes no nos identificamos como mujeres sino como lesbianas.

[3] marian pessah – artivista  - grupo Mulheres Rebeldes - http://radicaldesdelaraiz.blogspot.com.br/  /                          marianapessah@yahoo.com.br

[4] Refiro-me às mulheres em plural porque somos muitas e diferentes. Quando falamos dA mulher, no imaginário coletivo se desenha o modelo da mulher branca, heterossexual, classe media, monogâmica e…submissa. Na hora que somos nomeadas em plural, deixamos a porta aberta a todas as possibilidades, inclusive, a quem não se identifica como mulher e sim como lésbica.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

o sonho acabou


                                                           
                                                                      Entre o virtual e o real

            E agora, José? 
          A festa acabou, 
          a luz apagou, 
          o povo sumiu, 
          a noite esfriou, 
          e agora, José? 
          e agora, você? 
          você que é sem nome, 
          que zomba dos outros, 
          você que faz versos, 
          que ama, protesta? 
          e agora, José?
...

a noite esfriou, 
          o dia não veio, 
          o bonde não veio, 
          o riso não veio 
          não veio a utopia 
          e tudo acabou 
          e tudo fugiu 
          e tudo mofou, 
          e agora, José?
...

          Sozinho no escuro 
          qual bicho-do-mato, 
          sem teogonia, 
          sem parede nua 
          para se encostar, 
          sem cavalo preto 
          que fuja a galope, 
          você marcha, José! 
          José, para onde? 

Acabou o sonho, ou ... a hora em que as esperanças devem ser renovadas. Ma’ como... Macondo?

Eu tinha uma pedra no caminho: o vestibular. O 1º dia da prova foi ótimo. O 2º, embora estivesse muito cansada, também. Mas na hora de começar o 3º tempo, fiquei sabendo que aquelas respostas de português que tinha  preenchido de maneira errada na folha de respostas, e fiz um X para corrigi-las, seriam anuladas. 
Eu não tinha pensado no X como rasura. As monitoras falaram que essas respostas seriam anuladas; ao ouvir isso, quase paralisei e meu rendimento foi bem mais baixo do esperado. Consegui me repor e foi com todas as pilhas para o 4º e último dia. Uma hora depois de começada a prova, o menino do meu lado teve um ataque de epilepsia. Nesse contexto quem tem concentração para pensar na história com um presente tão gritante?! Foi horrível!

E assim foi como de uma prova q começava com pontuações de 19 e 20, foi despencando... Obtive o 62º lugar de 59 em “Universal” e “só” duas respostas erradas de português, das que eu tinha marcado mal. Contudo, nesse contexto certamente deve ter feito a maior diferença.

 Semana passada quando saiu o 1º chamado, fui na UFRGS perguntar quantas pessoas dessas 3 eram Universal. DUAS. Quer dizer q a próxima sou eu!!! Esperar até meia noite para conhecer o veredicto. Cinema, cerveja, nervos. Mas já não houve LETRAS. Fiquei literalmente com “la ñata contra el vidrio”, mais um tango na minha vida de portenha foragida.

Tristeza não tem fim. Pensamento reiterativo: se tivesse preenchido bem essa folha de português, estava dentro. Marquei consulta com o oculista, terei que fazê-lo também com o psicoanalista? No entanto, Drummond-e-ando.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A corazón abierto

Las 12 del viernes 2 de febrero de 2013
Muy buena nota de María Mansilla sobre Poliamor, amor libre y Ruptura de la Monogamia Obligatoria
http://www.pagina12.com.ar/diario/suplementos/las12/13-7797-2013-02-02.html 

SOCIEDAD. Palabras más, palabras menos, poliamor quiere decir mantener relaciones sexuales, amorosas y duraderas con más de una persona a la vez y con el consentimiento y el acuerdo de todos y/o todas las implicadas. Podría parecer una actualización del amor libre de los ’60, pero ahora resulta que importa la estabilidad. Tiene algo del aroma de los swingers de los ’90 –depende en qué parte de la acción– pero los swingers no hablan de amor y los poliamorosos podrían, incluso, no tener sexo. Hay quien dice que se trata del fin de las parejas y quien cree que es sólo una adaptación más de los vínculos familiares que ya han sobrevivido a más catástrofes que las mismas cucarachas. Para saber, en definitiva, habrá que experimentar; o al menos leer lo que sigue.

 Por Maria Mansilla
No es un deporte tan extremo como enamorarse de un/a policía. Vale la aclaración porque ésa fue una de las primeras respuestas que recibimos al comenzar el tanteo para dar música a estos párrafos. Composición tema: “Poliamor”. A modo de pesquisa informal, esta cronista envió un mensaje a algunas conocidas y sobrinas: ni sumisas ni devotas sino mujeres bastante libres, lindas y locas.
“¿Poliamor es enamorarse de un policía?”, bromeó la jovencita. “¿Se trata del liberalismo más cool o del machismo más heavy?”, problematizó la artista mexicana, desde San Telmo. “Mi cabeza de puérpera no da para tanto”, respondió Ana, dando la teta en Parque Chas. “No sé de nadie, y mirá que entre mis amigas hay variedad, eh”, esbozó Claudina haciendo topless en Buzios. “De cerca nadie es normal, ¡pero no conozco para ese lado!”, respondió Ale preparando un examen, desde Caballito.
Sépanlo, chicas: en el Poliamor hay equipo. Es la reinvención del amor libre abrazado por anarquistas y hippies, pero en versión 2.0. Su viejo testamento es una declaración de principios: le dice sí a las relaciones responsables, éticas e intencionales y no a la monogamia obligatoria. Es una manera honesta, sincera y lúdica de reconocer que a lo largo de tu vida pueden gustarte y emocionarte distintas personas, y que no es de extraterrestres ni degenerados ni enamoradizos crónicos desear a más de una a la vez.
Las maneras de ejercerlo son montones: pueden compartir techo y sentirse una familia, encontrarse sólo en la cama y hasta pueden tener un vínculo afectivo que no necesariamente incluya sexo. Una persona soltera puede ser poliamorosa. Pero lo más común es que el puente se tienda desde una pareja. Puede que tengan un encuentro grupal o no; puede que en la tríada convivan un chico hétero, una mujer bisexual y su novia lesbiana. No son polígamos: todos tienen derecho a estar con alguien más. No son swingers: las nuevas relaciones no se limitan a una calentura. Es más: la aclaración suena ambigua pero los poliamorosos pregonan que hasta pueden no tocarse, no enamorarse, pero sí sentir un enganche afectivo extraordinario... y esto ya merece el mote de asumirlo como un “lazo secundario” que supone un... “Tenemos que charlar”. Y bienvenido nuevo novio/a/amante/cómplice. Y hasta vale el acuerdo de establecer la “polifidelidad”: sólo se disfruta del sexo entre el equipo oficial. También pueden no conocerse entre sí pero saber que en algún lugar están. Me gustas tú y tú y tú. Quizás se encuentren para los cumpleaños, las noches del cine al 3 x 1 o en el chat de FB, ayudándose a traducir una frase si esa otra ventana de la relación se abrió durante un viaje. Puede haber amor fugaz, sexo casual, metejón a primera vista: cualquier cosa, menos vivirlo en secreto. El poliamor no supone estar todo el tiempo olfateando gente nueva; sí poder hacerse cargo si algo pasa, poder elegir no tener que elegir, dejar andar el deseo. “Ya entendí: debo dejar abierto mi corazón a cualquier configuración”, escribió Manuel en un foro de Yahoo groups.
El tema provoca hasta a las monógamas seriales. Su potencia recuerda al caso de la paciente del pensionado de señoritas según Freud; ella recibe una carta de su amante, él le dice te abandono, a ella le da un ataque y a sus roommates... también. La identificación histérica se hace pagana cuando reconoce que otra forma de amar es posible. Por eso, quizá, esta nota no sale a propósito de San Valentín sino de Carnaval.
Tres horas después de iniciada la pesquisa, vuelven a llover mensajes. “¡Me acordé! En Cuzco conocí a un peruano que vive allí con sus dos mujeres catalanas”, escribe la mexicana. “Ey, en Discovery Channel están dando un especial de Poliamor”, avisa la puérpera. “Chicas, ¡conozco un caso!”, exclama Eleonora desde algún bar con wi-fi. “Tía, la película El sexo de los ángeles habla de eso.”
Amor Libre rima con la libertad de elegir vivir según lo que se siente. Y con la madura aceptación de que la otra persona no sólo no es de tu propiedad privada sino que también desea y decide. Los manotazos al celular por un SMS in fraganti, en su cosmovisión, kaput. La infidelidad se piensa desde otra perspectiva: lo peor no es que te acuestes con otra persona, tampoco que la ames o te atraiga, sino que mientas. NO al fraude. NO a las aventuras secretas. NO al sexo casual sin compromiso. En su versión moderna sigue postulando todo eso. Y más.

Despenalizar los cuernos

¿Qué habría dicho Borges de saber que iban a citarlo en un foro de amor libre virtual?
“El nombre de una mujer me delata / Me duele una mujer en todo el cuerpo.”
Algunas personas llegan hasta aquí para superar un engaño o porque reconocen que no están para quedarse con las ganas, que no pueden controlarlo (“La mejor manera de librarse de la tentación es caer en ella”, propuso Truman Capote).
“Yo salí del closet primero de una forma. Después, dije: ‘Creo que amo a dos personas’. No era fácil. Mis amistades decían no puede ser, tenés que elegir. Siempre estaba todo mal. Yo decía ¡es lo que siento! Un día en un chat una chica me dijo sos poliamor. Y pensé ah, esto existe. Me puse a averiguar y dejé de sentirme tan sola.”
La revolución interior de Melakki (37), diseñadora web, comenzó a fines de los años ’90. Entonces ya estaba de novia con Boolap (40), también diagramador, acababan de mudarse juntos. “Ahí Mel conoció a una chica, comenzó a ir a casa, nos sentíamos muy bien pero ninguno entendía de qué iba”, cuenta él. Hasta que entendieron. “Cuando ellas estaban juntas yo trataba de no joder. Igual, teníamos una relación de familia muy linda... superados los celos del principio”, aclara.
Los poliamorosos vivieron en Miami (en la primavera gay post Clinton), volvieron a Buenos Aires, luego se instalaron en Madrid. “Allá, todos nos conocían como Los Tres. No había parientes, no había resquemor ni críticas, la pasamos muy bien.” Chueca fue su lugar en el mundo, y la Marcha del Orgullo local su fiestón favorito. Hasta se emocionaron cuando un candidato a alcalde, Alberto Ruiz Gallardón, del Partido Popular, en sus promesas de campaña incluía legalizar los trinomios. El muy pillo ganó las elecciones, y nunca lo hizo.
Al volver, en el 2009, explotaron las burbujas. No hubo quórum. ¿No te hace mal que ella esté con él también? Cada vez que te vas, ¿qué pasa en esa casa? ¿Qué hace él estando de viaje? “¿Qué le explico a mi hija cuando me pregunte?”, cuestionó su hermana y la hizo corta: les prohibió acercarse. “Acá la gente es abierta pero más criticona. Te miran con cara rara; bueno, al menos no disimulan”, analiza Boop. Y reconoce que la peor pesadilla suele ser vencer los tabúes de la familia de origen.
“A la sexualidad no la inventó nadie ni nació siendo cautiva. Sin embargo, a lo largo de la historia hemos sido justamente los seres sexuales quienes colocamos más o menos candados a sus distintas posibilidades de expresión. Aun así la sexualidad siempre ha sido libre en el pensamiento y las acciones de las personas que han luchado contra la ignorancia y las limitaciones de su época –reconoce la investigadora Paulina Millán Alvarez, del Instituto Mexicano de Sexología–. La sexualidad no es una simple receta de cocina ni un continuo destinado a repetirse, intacto y limitadamente –qué aburrido sería, ¿no?–. La diversidad es la posibilidad de adentrarnos en la cocina del placer y de ver los miles de rostros humanos que la representan, la posibilidad de darnos, de ser únicos y, a la vez, de nunca sentirnos solos.”
El idilio de Boo + Mel + Clara se terminó. Composición tema: “Tener un hijo”. A Clara le costaba pensar cómo iba a enfrentar la situación, por ejemplo, en el colegio. “Yo creo que está cambiando la sociedad, para mí no es tan complicado, creo que es preferible vivir con honestidad y no enterarte a los 20 que tu papá tuvo una doble vida.” Boop la apoya: “A mí esta experiencia me sirve para vivir sin esconder nada.” Se fue un amor, llegaron otro/a/os/as.

El amor sin geografía

El Nuevo Testamento de las Relaciones Abiertas nombra de una manera más compleja esta realidad. Piensa a los poliamorosos como nuevos actores dentro del movimiento social de la diversidad sexual (y, yendo más al fondo, de las relaciones sexopolíticas), un poco más visibles en esta época de ampliación de derechos para las identidades emergentes. Reconoce que se sacuden los mandatos religiosos, familiares, morales, culturales, legales, estatales, fantásticos, institucionales. Y que a veces ni siquiera se sienten representados como parte de las “nuevas familias”; prefieren descartar esa palabra que nombra a la célula de la sociedad patriarcal. Mejor “núcleos afectivos”, como explica la fotógrafa, escritora y militante marian pessah: nombrados así, suponen otra forma de abrir las posibilidades sin pasar por la familia que remite a un hombre –blanco, heterosexual y de clase media– y una mujer –sumisa a los mandatos de su esposo– y de un nene y una nena (“¡hasta los hijxs deben ser la parejita hétero!”) y a todo el ideal de la casa propia, el perro y el auto. Por eso, al hablar de núcleos afectivos no rearmás sino que hacés, sos actora desde la imaginación.
Parece que la globalización les trajo aire fresco a algunos vínculos. “La globalización, con la multiplicidad de culturas amorosas, influye en desnaturalizar la idea de la familia nuclear y la pareja heterosexual como formas ‘naturales’ de unión y convivencia, y la procreación como objetivo ‘natural’ de la sexualidad”, entiende Diana Maffía. Y cuenta dos experiencias que la dejaron pensando: un diplomático africano le propuso discutir la legitimación del matrimonio con más de una esposa, ya que en su cultura eran polígamos, pero en nuestro país sólo podía poner a una de ellas bajo la protección legal del vínculo (por ejemplo, obra social). Otra, en un Congreso en México una mujer norteamericana que había sido hippie le decía con tristeza que hacía varios años que vivía allí pero sus amigas no querían compartir a sus parejas, y ella se sentía muy sola.
Los poliamorosos están cada vez menos solos, al menos cada vez menos invisibles. Hay organizaciones en distintos lugares del mundo que funcionan como punto de encuentro, también en la red hay varias Polyamory Communities que hablan todos los idiomas (¡pero con emoticones sobra!). No faltó el Poly Living de San Francisco. “Considero que en los circuitos citadinos y de costumbres urbanas donde existen colectivos o grupos de diversidad sexual, existe más apertura para la visibilidad de sexualidades por fuera de la heteronorma. Entonces cabe la posibilidad de una mayor integración y reconocimiento de las diferencias”, celebra Mabel Bellucci, activista feminista queer, integrante del colectivo editor de Herramienta. Y avisa: “En cambio, en esos ámbitos la discriminación se desplazó hacia la condición de clase y de etnia. Así, estos sectores comenzaron a ser los diferentes. Al mismo tiempo, aparece una mayor concentración de la violencia hacia las mujeres”.
También en los medios y en la industria del entretenimiento se tejen historias de relaciones abiertas. ¿Pero hasta qué punto no hay demasiado relato escrito por y para los hombres? ¿Es copia fiel lo que muestra la película Vicky Cristina Barcelona? “¡Es una estupidez comercial, Woody Allen necesitaba dinero!”, exclama marian pessah, una experta en el tema que reconoce “no hay expertas en este tema” (y ni mencionarle la obra de José María Muscari con Moria Casán e hija). “Ya no llamo a esta lucha poliamor –nunca lo hice– ni amor libre. He llegado a la conclusión de que el tema eje es la Ruptura de la Monogamia Obligatoria. Me gusta ese nombre porque a la ruptura la ponemos afuera, en el sistema, y nunca en nuestros cuerpos. Si vamos a lastimar a alguien, no sirve. El sufrimiento es inherente a la vida, como la felicidad. No se sufre por estar en una relación abierta o cerrada, se sufre por las condiciones que se ponen o imponen. Con Clarisse, mi compañera desde hace 9 años, con quien llevamos esta lucha y hemos aprendido mucho, le damos gran importancia a la palabra, a expresarnos, ese es nuestro código y así funcionamos –bien–. Apostamos al amor pero también al placer, cosa muy subversiva para las mujeres en el patriarcado, así como a la complicidad entre nosotras ya que siempre las mujeres fuimos tentadas a pelearnos, a competir. ¿Cuándo vamos a liberarnos si nos peleamos entre nosotras?”
“¿Por qué no le quitamos el ‘poli’ y dejamos el ‘amor’? El amor siempre debería ser múltiple, y se puede dar de cualquier manera”, comparte Fernando en uno de los foros. “Todos y todas tenemos un poliamoroso dentro, lo importante es reconocerlo”, interviene Diana Neri Arriaga, profesora de filosofía y en una relación abierta con Sergio e Israel. En su caso, desde hace 5 años está con Sergio, desde hace 4 conviven con Israel. Casiconviven, mejor dicho: tienen su catedral en común, pero cada uno también mantiene su capilla, perdón, su departamento. Diana es la única heterosexual de la relación. “Lo que hacemos es desafiar la doble moral, encarar la honestidad y respetar la libertad del otro. Las personas tenemos esa capacidad de involucrarnos amorosamente con más de una persona. No es la panacea el poliamor pero sí es una posibilidad que nos acerca a una forma de amar distinta.”

La solución al problema del marido

Antes y ahora, las relaciones abiertas colaboran con la saludable desidealización del amor romántico, reformula valores a favor de nuevos derechos (como los sexuales), libra batalla por recuperar nuestros cuerpos, transgrede la política sexual hegemónica.
Las Wollstonecrafts, Woolfs y compañía estarían chochas. Y las adorables anarquistas, ni hablar: ellas sí que le hicieron lobby al plan, y el periódico La voz de la Mujer fue su instrumento. “Uno de sus artículos muestra que el ideal de las redactoras de una unión y disolución libres, con las mujeres tomando la iniciativa, estaba lejos de ser aceptable para los hombres, incluso dentro del mismo movimiento –analizó la socióloga inglesa Maxime Molyneaux en su ensayo Ni Dios, ni patrón, ni marido. Feminismo anarquista en la Argentina del sigo XIX–. Ellas veían al amor libre como la solución al problema de las relaciones entre sexos; cuando el matrimonio, la causa de la miseria y la desesperación desapareciera la casa se volvería ‘Un paraíso de delicias’. Los hombres y las mujeres serían libres de entrar en relaciones con quien eligieran y de disolverlas a voluntad, sin los efectos corrosivos del derecho, el Estado y la costumbre. Esta visión ignoraba tanto la subordinación compleja e internalizada de las mujeres como los modos de opresión y el sentido de superioridad internalizados por los hombres.”
¿Y si lanzamos entre la rueda de amigas una nueva pregunta: quién sabe de parejas decadentes, quién oyó hablar de infidelidad? El poliamor rompe con varios tabúes. Uno de ellos, el engaño. “Hasta hace poco tiempo, la fidelidad de la mujer estaba vinculada a sostener la legitimidad de la progenie, y la del varón a asegurar el sostenimiento económico del hogar –historiza Maffía–. Por eso una mujer cometía adulterio si tenía al menos una relación sexual fuera del matrimonio, mientras en el varón no tenía nada que ver la sexualidad, sino que debía probarse que ‘mantenía manceba’, es decir que le pasaba dinero a otra. La fidelidad romántica está asociada al mantenimiento del vínculo monogámico, pero la fidelidad del poliamor debería repensarse en términos de pactos diferentes a ambos aspectos.”

La solución al problema de la mujer

¿Será que de alguna forma el amor libre contribuye al Women’s Lib? Maffía advierte: “No sé si esta apertura es igualmente ventajosa para varones y mujeres, eso depende de muchas cosas. Me inclino más por pensar que tal vez el Estado no debe regular en absoluto las formas de convivencia, y sí repensar completamente las políticas del cuidado, no privatizarlas sino asumirlas como responsabilidades sociales integrales. Pero eso significa repensar toda la economía y toda la política, como afortunadamente venimos haciendo las feministas desde hace años”.
¿Se podrá soñar hoy, cien años después, que superar patrones sexistas y desnaturalizar el Derecho a los Celos podría ser una acción posible contra la violencia doméstica? “En mi último libro Amor, placer, rabia y revolución hablo de eso –agrega marian pessah–. Hacernos cargo del deseo de la otra, ponerle nombre y apellido, es en sí mismo generador de violencia. Sólo falta poner un dispositivo en el cerebro con una luz que se encienda cada vez que una siente atracción por otra persona que no es su pareja. Eso es violencia, como toda propiedad privada es un cerco, un encierro. Liberarnos libera.”
Ya lo escribió Emma Goldman en Matrimonio y amor, en 1917: “¿Amor libre? Como si el amor pudiese otra cosa que ser libre. El hombre ha comprado cerebros, pero ni todos los millones del mundo han podido comprar amor.”