Pesquisar este blog

domingo, 23 de junho de 2013

A passagem, uma ponte ao que virá.


primero en lengua brasileira
marian pessah - artivista


As ruas não estão propondo um Fora Dilma. Calma minha gente, muita calma nessa hora. Essa não é a proposta que percebo nas manifestações que venho participando em Porto Alegre e seguindo pelo Facebook em todo o país. A sensação é de um grande BASTA. De muito cansaço, de ter de suportar ou se submeter a  tudo. Eu não vi um só cartaz nas ruas de Fora Dilma, nem propondo acabar com a bolsa família, nem contra a política de cotas nas Universidades Públicas. Isso já nos dá uma base para pensar. O que as ruas estão exigindo é um transporte público de qualidade de acordo com as possibilidades e necessidades da população. É contraditório imaginar que uma família que vive da bolsa possa viajar num ônibus de R$ 3,00.

Também se está reclamando por saúde: mais leitos nos hospitais, melhor atendimento; assim como por educação. Que bom que as pessoas se cansem de achar normal que só 10% dxs candidatxs  às Universidades Públicas tenham lugar no Templo do Saber. Finalmente se luta pelo fim de uma “elite culta”. Estão trazendo médicxs de Cuba porque aqui não há, ou porque os salários não respondem às expectativas da elite da elite? (Cá, entre nós, vamos combinar que no Brasil, quem chega a doutor, tem de ter muitos meios econômicos para poder estar lá).  Aumentar o número de vagas nas Universidades, não se cogita? Duplicar, triplicar o ingresso seria a coisa mais lógica de se pensar, assim como melhorar o ensino básico e médio e aumentar os salários das professoras.  Por isso há tanto descontento com a Copa do Mundo, sim, aqui, no Brasil, país do futebol! Olha a emoção! Olha a mudança! O povo cansou de ver passar tanto dinheiro tão mal distribuído. Acabou a época do “pão e circo”; hoje Roma ficou na história. Olha como também se fala bem do Brasil, pois as críticas não são por pão. Há um reconhecimento implícito de que há trabalho e bolsa família, mas se reclama sim por qualidade de vida, pelo fim da hipocrisia, a gente não quer só comida.

A questão é que para que a presidenta Dilma, hoje, esteja no trono, foram feitas muitas alianças. É por isso que o Brasil tem como presidente da Comissão Nacional dos Direitos inHumanos, o Marcos inFeliciano, um evangélico furiosamente fanático. Num país laico?! Nesse contexto se vota pela chamada cura gay e a Comissão de Finanças aprova o Estatuto do Nascituro que põe fim a lutas estruturais do Movimento Feminista como é o caso de aborto legal, seguro e gratuito em casos de estupro. A partir de que ele seja implantado, não só estará proibido o aborto, mas passará a ser considerado crime. Contudo, à mulher lhe será “oferecida” uma ajuda econômica, mais conhecida como bolsa estupro até que o filho, ou filha, complete 18 anos. E O BRASIL, TEM DINHEIRO PARA INVESTIR EM ESTUPROS? NA MANUTENÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES, E NÂO EM EDUCAÇÃO E SAUDE? E os investimentos e financiamentos no agronegócio e nas mineradoras que o governo vem estimulando desde o primeiro governo Lula? Revolução agrária, destruição ambiental e perseguição aos povos originários não foram sequer mencionados no pronunciamento da presidenta. Nem por isso as massas querem sua saída, queremos sim que mais envolvidos nesses processos saiam às ruas e que acabem os acordos de gabinete.

Por isso vamos às ruas. Porque estamos fartxs de tantas injustiças, de que decidam por nós; de ver tantas incongruências! Vamos às ruas porque precisamos nos encontrar e conversar, entender e gritar, defender nossos sonhos. Vamos às ruas para lutar pelo que acreditamos! Infelizmente está havendo muitos infiltrados. A gente não vai às manifestações de martelo e machado, cuidado! Esses não somos nós. Por que não se fala seriamente de quem são eles? Dias atrás passou no jornal um policial quebrando o vidro do próprio carro da polícia. Vamos deter o filme por um momento e ficarmos com essa imagem. Por que razão não se falou horas sobre esse fato e sim há tanta insistência em continuar mostrando o que essas pessoas infiltradas continuam destruindo? Estamos vivendo um belo momento anárkico. Que emoção! Não temos representantes. A maior prova disso foi na última manifestação em Porto Alegre, quando a marcha se separou em três partes, não houve consenso do trajeto. Isso demonstra como a situação é plural, não há alianças, nem negociações; há diversidade! Mas, no final, as três partes nos reencontramos na avenida João Pessoa. Pode haver discordâncias conjunturais, mas o foco do descontento é o mesmo e estamos juntxs na luta.

Tudo começou pelo preço da passagem. Agora o que ficou foi a PASSAGEM como metáfora entre duas realidades. Vamos unir os sonhos com a realidade. O Brasil somos nós. Estamos fazendo caminho, hoje somos o sujeito da história. Na quinta-feira 20 de junho houve um milhão de pessoas nas ruas do Brasil!!!  Ir às manifestações e vivenciar no corpo a sensação de que podemos, isso, já está mudando as pessoas. E isso gera muito medo em outras. Ontem já não é hoje. Então, não queremos Fora Dilma, não queremos um golpe, calma minha gente que assiste as manifestações por TV, o que queremos é demonstrar que estamos vivxs e em desacordo com as alianças. Queremos mudar esta realidade, e temos FORÇA para isso.


domingo 23 de junho




El pasaje, un puente a lo que vendrá.

marian pessah – artivista
fotos 
 
La gente en las calles no está proponiendo un “Fuera Dilma”, un “que se vayan todxs”. Calma gente, mucha calma en esta hora. Esta no es la propuesta que percibo en las manifestaciones que vengo participando en Porto Alegre y siguiendo por Facebook en todo el país. La sensación es de un gran BASTA. De mucho cansancio, de tener que soportar y someterse a  todo. Yo no vi un sólo cartel en las calles de Fuera Dilma, ni proponiendo acabar con la bolsa familia, ni contra la política de cuotas en las Universidades Públicas. Esto ya nos da una base para pensar. Lo que se reclama en las calles  es transporte público y de calidad, de acuerdo con las posibilidades y necesidades del pueblo. Es contradictorio imaginar que una familia que vive de la bolsa pueda viajar en un colectivo de R$ 3,00 (U$S 1,4).

También se está reclamando por salud: más camas en los hospitales, mejor atendimiento; así como por educación. Qué bueno que las personas se cansen de ver como normal que sólo el 10% de lxs candidatxs a las Universidades Públicas tengan su lugar en el Templo del Saber. Finalmente se lucha por el fin de una “elite culta”. ¿Están trayendo médicxs de Cuba porque aquí no hay, o porque los sueldos no corresponden a las expectativas de la elite de la elite?[i]  Aumentar el número de vacantes en las Universidades, ¿no se tiene en cuenta? Duplicar, triplicar el ingreso sería la cosa más lógica de pensar, así como mejorar los colegios primario y secundario, aumentar los salarios de las profesoras.  Por eso hay tanto descontento con la Copa del Mundo, sí, aquí, en Brasil, ¡país de futbol! ¡Mirá qué emoción!, !Fijate qué cambio! El pueblo se cansó de ver pasar tanto dinero tan mal distribuido. Acabó la época del “pan y circo”; hoy Roma se quedó en la historia. Fijate cómo también se habla bien de Brasil, pues los pedidos no son por pan. Hay un reconocimiento implícito de que hay trabajo y la bolsa familia, pero se reclama por calidad de vida, por el fin de la hipocresía, a gente não quer só comida.

El gran nudo es que para que la presidenta Dilma, hoy, esté en el trono, fueron realizadas muchas alianzas. Es por eso que Brasil tiene como presidente de la Comisión Nacional de Derechos inHumanos, a Marcos inFeliciano, un evangélico furiosamente fanático. ¿En un país laico?! En este contexto se vota por la llamada cura gay y la Comisión  de Finanzas aprueba el Estatuto do Nascituro que pone fin a luchas estructurales del Movimiento Feminista como es el caso del aborto legal, seguro y gratuito en casos de violación. A partir del momento en que sea implementado, no sólo estará prohibido el aborto, también pasará a ser considerado crimen. Eso sí, a las mujeres violadas les darán su premio consuelo, si son pobres y el “padre”, sí, el violador leíste bien,  no quiere asumir al/a “hijo/a”, les será “ofrecida” una ayuda económica, más conocida como bolsa estupro, beca violación, hasta que el hijo, o la hija  complete los 18 años. ¿Y BRASIL TIENE DINERO PARA INVERTIR EN VIOLACIONES? EN LA MANUTENCIÓN DE LA VIOLENCIA CONTRA LAS MUJERES Y NO EN EDUCACIÓN NI EN SALUD? Las inversiones en financiamientos del agronegocio y las minerías que el gobierno viene estimulando desde el primer mandato de Lula, ¿para eso también hay? Revolución agraria, destrucción ambiental y persecución  a los pueblos originarios no fueron siquiera mencionadas en el discurso de la presidenta del viernes a la noche. Pero insisto, no pedimos su salida, queremos que más gente sea consciente y se envuelva en este proceso y que también salga a las calles y acaben los acuerdos de gabinete.

Por eso tomamos las calles. Porque estamos hartxs de tantas injusticias, de que decidan por nosotrxs; ¡de ver tantas incongruencias! Vamos a las calles porque precisamos encontrarnos y conversar, entender y gritar, defender nuestros sueños. ¡Vamos a las calles para luchar por lo que creemos! Lamentablemente está habiendo muchos infiltrados. Nosotrxs no vamos a las manifestaciones con martillos y hachas, ¡cuidado! Esos no somos nosotrxs. ¿Por qué no se habla seriamente de quiénes son ellos? ¡Días atrás fue mostrado en el noticiero un policía quebrando el vidrio de un patrullero! Paremos la película un momento  y detengámonos en esta imagen. ¿Por qué razón no se habló horas sobre este acto y, en cambio, se insiste en continuar mostrando lo que esas personas infiltradas continúan destruyendo? Estamos viviendo un bello momento anárkico. ¡Qué emoción! No tenemos representantes. La mayor prueba de esto fue en la última manifestación en Porto Alegre, cuando la marcha se separó en tres partes, no hubo consenso del trayecto. Esto demuestra cómo la situación es plural, no hay alianzas, ni negociaciones; hay diversidad. Pero al final las tres partes nos reencontramos en la avenida João Pessoa. Puede haber desacuerdos coyunturales, pero el foco del descontento es el mismo y estamos juntxs en la lucha.

Todo comenzó con el precio del pasaje. Ahora lo que quedó es el PASAJE como metáfora entre dos realidades. Vamos a unir los sueños con la realidad. Brasil somos nosotrxs. Estamos haciendo camino al andar, hoy somos el sujeto de la historia. El jueves 20 de junio fuimos un millón de personas en las calles de todo Brasil!!!  Ir a las manifestaciones y vivenciar en el cuerpo la sensación de que podemos, eso, ya está cambiando a las personas y también genera mucho miedo en otras. Ayer ya no es hoy. Entonces, no queremos Fuera Dilma, no queremos un golpe de Estado, calma gente que asiste a las  manifestaciones por la TV, lo que queremos es demostrar que estamos vivxs y en desacuerdo con las alianzas. Queremos cambiar esta realidad, y tenemos la FUERZA para eso.
Porto Alegre, domingo 23 de junio











[i] Brasil sigue pasando por el momento de “mi hijo el doctor”, el 57% de lxs estudiantes quiere seguir medicina, que  con vagas tan limitadas, el ingreso es muy difícil, lo que implica a veces en años de intentarlo pagando cursos caros y muy caros de preparación.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Brasil decide investir em estupros


Semana passada a Comissão de Finanças aprovou um substitutivo ao projeto que cria o Estatuto do Nascituro. Ele prevê o direito ao pagamento de pensão pelo Estado às crianças concebidas através de estupro no caso do “pai” – o estuprador – não poder arcar com isso ou não for identificado. Pensão de estuprador, bolsa estupro: um projeto insalubre.

Com essa nova lei, cada mulher estuprada, e que ficar grávida, para que não aborte o Estado lhe pagará o equivalente a um salário mínimo até que a criança complete 18 anos. Também está prevista a possibilidade de que o estuprador reconheça a criança e seja ele o feliz papai quem banque a mesada dx filhx. E as mulheres? Alguém pensa em nós? E nas crianças mal-concebidas como consequência de uma violação? Não, não estás lendo a trama de um filme de terror de próxima estreia; é mais um fruto divino que está tentando amadurecer dos evangélicos.

Escolher pagar bolsa estupro às mulheres em lugar de investir em educação sexual para acabar com as violações, é uma opção ideológica. Vocês são conscientes que se está optando por uma sociedade de mulheres abusadas e crianças não desejadas? Isso é um terrível retrocesso na luta do Movimento Feminista! O Brasil era um dos poucos países do mundo, em que uma mulher estuprada não necessitava demonstrá-lo, sua palavra era suficiente para poder abortar legalmente. Em lugar de pensar na dor que um estupro ocasiona, o que se quer é que nós, mulheres, fiquemos presas à vida toda a esse terrível momento! Uma volta a Idade Média!

O incompreensível, se é que é possível tentar entender esse HORROR, é que a mesma Comissão de Finanças diga que não há dinheiro para educação deixando as professoras com um salário insignificante que está perto dos R$ 1.200,00, porém, para dar via livre ao estupro, sim há dinheiro???? Façamos números. Brasil, que acaba de ganhar o 7º lugar do ranking mundial em violência contra as mulheres, tem um estupro a cada 10 minutos.  Isso significa 144 estupros diários, vezes 365 dão 52.560 estupros por ano. Se pensarmos “positivamente”, no caso de que só duas mulheres ficassem grávidas por dia, isso dá 730 salários mínimos a pagar durante 18 anos. Um cálculo estimado em R$ 88.300.800,00. Essa conta aproximada seria só o primeiro ano, porque no segundo se somarão as novas mulheres estupradas e assim no terceiro e no quarto e no quinto, até chegar a 18 anos em que se “nivelaria”. Alguém pensou na soma, para mim abstrata, de quanto dinheiro significa esse horror? Em lugar de investir em educação, indústrias, melhorar estradas, o Brasil opta por investir em estupros, em manutenção da violência!!

Convocatória. Para todas aquelas pessoas que estejam com a digna raiva, nos estaremos reunindo no Parque da Redenção, neste sábado 15, as 15 hs. Vamos com a indignação às ruas, essa não é a sociedade que nós desejamos.  Vamos defender os nossos sonhos de mulheres livres e autônomas!!
Nem um passo atrás! Dois a frente e punhos ao alto!


Brasil decide invertir en violaciones



La semana pasada, la Comisión de Finanzas de Brasil, aprobó un sustituto al proyecto que crea el Estatuto do Nascituro. Ese punto previene el derecho al pago de pensión por el Estado a las/los niñas/os concebidas/os a partir de una violación, caso el “padre” – el violador– no pueda asumir los gastos, o no fuera identificado. Pensión por abuso, beca violación: un proyecto insalubre.

Con esta nueva ley, cada mujer violada y que quede embarazada, para que no aborte el Estado le pagará el equivalente a un salario mínimo hasta que la/el hija/o complete los 18 años. También está prevista la posibilidad de que el violador reconozca la hija/o y sea el feliz papá quien banque los gastos. ¡¿Y las mujeres?!  ¿Alguien piensa en nosotras? ¿Y en las/os niñas/os mal-concebidas/os como consecuencia de una violación? No, no estás leyendo la trama de un film de terror de próximo estreno; es un nuevo fruto divino que está intentando madurar de los evangélicos.

Elegir pagar beca violación a las mujeres en lugar de invertir dinero en educación sexual para acabar con las violaciones, es una opción ideológica. ¿Ustedes son conscientes que se está optando por una sociedad de mujeres abusadas y crianzas no deseadas? ¡Eso es un terrible retroceso en la lucha del Movimiento Feminista! Brasil es uno de los pocos países del mundo en que una mujer violada no necesita demostrarlo, su sola palabra es suficiente para poder abortar legalmente en cualquier hospital público. En lugar de pensar en el dolor que un acto tan violento ocasiona, ¡lo que se quiere es que nosotras nos quedemos presas de por vida a este terrible momento! ¡Una vuelta a la Edad Media!

Lo incomprensible, si es que es posible intentar entender este HORROR, es que la misma Comisión de Finanzas diga que no hay dinero para educación dejando a las profesoras con un sueldo insignificante, próximo a los R$ 1.200,00 (U$S 600), no obstante, para dar vía librea las violaciones, sí, hay dinero???? Hagamos números. Brasil, que acaba de obtener el  7º lugar del ranking mundial en violencia contra las mujeres, tiene una violación a cada 10 minutos.  Esto significa 144 violaciones diarias, multiplicadas por 365 dan 52.560 violaciones al año. Si pensamos “positivamente”, en el caso de que solo dos mujeres quedaran embarazadas por día, serían necesarios 730 salarios mínimos a pagar durante 18 años. Un cálculo estimado en R$ 88.300.800,00 (U$S 44.150.400). Esta cuenta aproximada sería solo el primer año, porque al segundo se le sumarían nuevas mujeres violadas y así al tercero y al cuarto y al quinto, hasta llegar a los 18 años en que se “nivelaría”. ¿Alguien pensó en la suma, para mí abstracta, de cuánto dinero significa este HORROR? En lugar de invertir en educación, hospitales, industrias, mejorar carreteras; Brasil opta por invertir en violaciones, ¡¡en la manutención de la violencia!!
marian pessah (h)artivista


terça-feira, 11 de junho de 2013

Libertárias anarka-punks


Libertárias anarka-punks queimam sutiãs na Marcha de Londrina dia 08/06, a foto foi excluida pelos INQUISIDORES DO FB...

Libertárias anarka-punks queimam sutiãs na Marcha de Londrina dia 08/06, a foto foi excluida pelos INQUISIDORES DO FB...