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terça-feira, 23 de novembro de 2010

basta de violencia ! revoltémonos

A violência dos homens contra as mulheres

é a fúria do sistema contra a metade da humanidade.

por mulheres rebeldes[1]

primeiro em língua brasilera

Uma mulher, outra, que decidiu se libertar.

Não sabemos se Tatiana Aparecida Zomer Almeida, mais conhecida como Tati, conhecia essa palavra. Sucedeu que um bom dia, cansada de tantas injustiças, decidiu participar das reuniões que faziam as companheiras catadoras de lixo. Ali encontrava independência, vida, dizia enquanto levantava os olhos procurando o céu.

Quando se parte para a luta, se localiza no espaço do coletivo e saindo do “quartinho individual” e da sensação de isolamento, é assim que nos sentimos “empoderadas”. Sim, com poder, dona de si própria. Isso provoca reações naquelas pessoas que não desejam o mesmo.

Vivemos numa ditadura patriarcal, onde nem o sistema, nem seus homens estão dispostos a permitir que as mulheres provemos do mel da liberdade. Muitos ainda acreditam que nossa função primeira é servi-los. Que essa é a nossa missão, e eles são nossos donos. Quando uma mulher se casa deixa de ser DO pai para passar a ser DO marido. Tanto é assim que até hoje, na Argentina, as mulheres casadas são Fulana DE Tal. Esse DE é a marca da propriedade. No Brasil, como em tantos outros países, isso não é necessário, uma vez que as mulheres agregam o sobrenome do homem- quando não o substituem -, porém o contrário não ocorre. Os homens “SÃO completos”, as mulheres, segundo as crenças patriarcais, devem completar-se com seu meio laranjo ao lado. Senão, somos ou estamos “sós”; solteiras, soltas.

Foi assim que um homem como tantos, que não gostava que SUA mulher saísse de casa para “essas reuniões”, após reiteradas “advertências”, decidiu adotar uma atitude mais “forte”.

Procurou com o olhar a caixa de ferramentas e com decisão se dirigiu a ela, pegou o martelo e sentou-se para aguardar que Tati voltasse de “sua” reunião. Esperou que ela fechasse a porta e se jogou em cima dela, como um animal faminto. Foi tão frio e deliberado que, para que os gritos de Tati não fossem ouvidos, ligou o rádio em alto volume. A cada golpe gritava que não estava certo o que ela fazia, que era sua propriedade, que o homem deve ser obedecido, respeitado. Se agora estava sentindo dor, era tudo culpa sua, ela que havia procurado.

Assim Tatiana foi se apagando, ele a foi assassinando.

Ao terminar sua tarefa se dirigiu até a mesa, pegou um papel e um lápis e escreveu: “esta não trai mais”. Deixou sua mensagem “instrutiva” ao lado do corpo ainda quente. Abriu a porta e foi embora.

Nunca mais se ouviu falar dele, mas sabemos que está em liberdade, com a cumplicidade patriarcal – a fraternidade - de um sistema que estabelece que nós mulheres pertencemos aos homens. Neste sistema onde amor está associado à obediência, que alimenta a fantasia do amor romântico para que a gente deseje casar (ou ser caçada) e aceitar passivamente toda as opressões que esse romantismo acoberta. Sendo assim um elo obrigatório desta cadeia que deve se manter através da heterossexualidade necessariamente obrigatória, garantindo que a violência contra as mulheres possa prosseguir e se legitimar .

Sabemos que nem todos os movimentos populares triunfam, mas as causas que não se levam adiante tem sua derrota assegurada. Por isso saímos às ruas, gritamos e denunciamos.

Vamos nos empoderar, pela lembrança de tantas companheiras que seguem sendo assassinadas, por tantas de nós que sofremos diferentes tipos de violência patriarcal.

Tomaremos as ruas com gritos e cartazes, com raiva e uivos. Com pandeiros e notas musicais. É dessa forma que acreditamos e criamos nossos mundos. E que desejamos habitá-los.

Assim buscaremos a cumplicidade e a consciência de que a violência dos homens contra as mulheres é a fúria do sistema contra a metade da humanidade.

25 de novembro, Dia Internacional de Combate à violência contra as mulheres, gritamos BASTA, denunciamos que não fazemos parte desta farsa.

Por que somos somente algumas ativistas que temos raiva e não todas as mulheres, todas as pessoas? Venham somar-se a nós!

consciência = raiva = ação = mudanças

Nos vemos na quinta, 25 de Novembro, a partir das 11:00, na Esquina Democrática – Porto Alegre – RS

Te esperamos com cartazes, com raiva, com amor, com vontade de mudar este mundo.

La violencia de los hombres contra las mujeres

es la furia del sistema contra la mitad de la humanidad.

por mulheres rebeldes[2]

ahora en lengua argentina

Una mujer, otra, que decidió libertarse.

No sabemos si Tatiana Aparecida Zomer Almeida, más conocida como Tati, conocía esta palabra. Sucedió que un buen día, cansada de tantas injusticias, decidió unirse a otras compañeras que realizaban reuniones de Cartoneras. Allí encontraba independencia, vida decía mientras levantaba los ojos buscando el cielo.

Cuando una parte hacia la lucha, se ubica en el espacio de lo colectivo y sale del “cuartito individual”, se siente “empoderada”. Sí, con poder, dueña de sí misma. Eso provoca reacciones en quienes no desean lo mismo.

Vivimos en una dictadura patriarcal, donde ni el sistema ni sus hombres están dispuestos a que las mujeres conozcamos las mieles de la libertad. Muchos todavía creen que nuestra función primera es servirles a ellos. Que esa es nuestra misión aquí. Que ellos son nuestros dueños. Cuando una mujer se casa deja de ser DEL padre para pasar a ser DEL marido. En Argentina, tanto es así, que hasta hoy las mujeres casadas son Fulana DE Tal. Ese DE es la marca de propiedad. En Brasil, como en tantos otros países, no se necesita, las mujeres se agregan el apellido del hombre – cuando no lo sustituyen -, pero no pasa lo mismo a la inversa. Los hombres “SON completos”, las mujeres, según las creencias patriarcales, deben completarse con su medio naranjo al lado. Sino, somos o estamos “solas”.

Fue así, que un hombre como tantos, al que no le gustaba que SU mujer saliera de casa para ir a “esas reuniones”, luego de reiteradas “advertencias”, decidió tomar una represalia.

Buscó con la mirada la caja de herramientas y con decisión se dirigió a ella, tomó el martillo y se sentó a esperarla a que llegara de “su” reunión. Esperó a que Tati cerrara la puerta y se le tiró encima, cual fiera hambrienta. Fue tan frio y sus acciones premeditadas que, para que los gritos de Tati no se escucharan, encendió la radio, bien fuerte. Con cada golpe le gritaba que no era bueno lo que hacía, que ella le pertenecía a él, y que así debía ser, que él era hombre y merecía ser obedecido, respetado. Si sentía dolor, ahora, era su culpa, ella se la había buscado. Así Tatiana se fue apagando, él la fue asesinando.

Al terminar su tarea se dirigió hacia la mesa, buscó un papel, un lápiz y escribió: “Esta no traiciona más”. Dejó su mensaje mafioso al lado del cuerpo, todavía caliente. Abrió la puerta y se marchó.

No se supo nada más de él, pero sabemos que está en libertad. Con la complicidad patriarcal de un sistema que establece que las mujeres les pertenecemos a los hombres. Que asocia el amor a la obediencia, estimulando el amor romántico para que deseemos casarnos (o ser cazadas) y pertenecer a este sistema de opresiones. Siendo así otra presa del sistema, un eslabón obligado de esta cadena que debe mantenerse con la heterosexualidad necesariamente obligatoria para que esta violencia pueda ejercerse sobre las mujeres.

Sabemos que no todos los movimientos populares triunfan, pero las causas que no se llevan adelante tienen su derrota asegurada. Por eso salimos a las calles por eso gritamos y denunciamos.

Vamos a empoderarnos, por el recuerdo de tantas compañeras que siguen siendo asesinadas, por tantas de nosotras que sufrimos diferentes tipos de violencia patriarcal.

Tomaremos las calles con gritos y carteles, con rabias y aullidos. Con panderetas y corcheas. Es así que creemos y creamos nuestros mundos. Es así que deseamos habitarlo.

Así buscaremos complicidad y consciencia porque la violencia de los hombres contra las mujeres es la furia del sistema contra la mitad de la humanidad.

Este 25 de noviembre, Día Internacional de Combate a la violencia contra las mujeres, venimos a gritar BASTA, a denunciar que no somos parte de esta farsa.

¿Por qué somos solo algunas activistas las que tenemos rabia y no todas las mujeres, todas las personas?

¿Qué esperás para sumarte?

consciencia = rabia = acción = cambios

nos vemos el jueves 25 de Noviembre, a partir de las 11.00 en la Esquina Democrática – Porto Alegre – RS

Te esperamos con carteles, con rabia, con amor, con ganas de cambiar este mundo.

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