fotos : http://www.flickr.com/photos/marianapessah/sets/72157617446686586/
Primero en lengua brasilera
Mais um acampamento do Movimento dxs trabalhadores rurais sem terra do Rio Grande do Sul, está ameaçado com uma ação de despejo emitida pelo Ministério Público Federal. Xs advogadxs entraram com uma liminar, mas ontem ela foi negada.
Esse acampamento, chamado Sta. Rita de Cássia II, localizado no município de Nova Sta. Região Metropolitana de Porto Alegre, acolhe cerca de 400 adultxs e 200 crianças que lá se instalaram há mais de 3 anos.
Essa ação não tem lógica dado que esse acampamento está situado dentro de um assentamento do MST. As famílias são unânimes em sua argumentação: “esse foi um espaço conquistado com luta, é uma área de reforma agrária e a decisão é de resistir.” “Estamos dispostxs a tudo, até a morrer” diz uma voz e acrescenta, “Só não aceitaremos perder este espaço”.
Para nós, não é mais um despejo no movimento, é mais uma batalha a ganhar, acrescenta uma liderança do movimento. Na sua fala, refere-se aos dois despejos que sofreram recentemente também no RS.
Uma menina de quinze anos acrescenta, “já não podemos nem sentar para tomar um mate (chimarrão) com calma, estamos na expectativa de que eles cheguem a qualquer momento, mas nois resistiremos”.
O que eles querem, é acabar com o MST para que o Movimento não organize mais os pobres do campo e da cidade, acrescenta outra voz.
Recentemente o governo impediu as crianças que residem nos acampamentos de estudar, proibindo o funcionamento das escolas itinerantes, alegando que os colégios dos municípios tinham vagas. Quando o Movimento se comunicou com algumas delas responderam que seria impossível acolher tantas crianças. As famílias insistem na manutenção das escolas itinerantes, porque a luta é itinerante. Se, por exemplo, esse povo for despejado e temporariamente acampado a 300 kilometros do atual local, as crianças teriam que se adaptar novamente a um outro grupo, a outro nível, seja ele mais alto ou mais baixo. Quando a escola é itinerante, acompanha as crianças, priorizando o ensino, permanecendo o mesmo grupo de estudantes e docentes.
Por que o Governo do RS e o Ministério Publico Federal insistem em criminalizar e prejudicar o movimento? Será que o governo do RS pretende nos lembrar que a ditadura militar não acabou? É evidente que o seu desejo é terminar com o Movimento dxs trabalahdorxs sem terra, mas nós sabemos que isso é impossível.
Prefeririam talvez que as crianças que ali habitam, junto com seus pais/mães, recebendo educação diariamente, estivessem nas favelas das grandes cidades, expostas à violência da polícia e dos traficantes? Que as famílias ali acampadas a espera de terras para cultivar e obter o seu sustento, como tantas outras que vivem nos assentamentos gaúchos, estivessem desempregadas, ou subempregadas, aumentando a crescente miséria do antigo Sul Maravilha?
Numa época que a governadora pretende transformar velhas escolas em modernas prisões, e até privatizá-las, é urgente denunciar e apoiar a nossxs companheirx de luta.
De fato, o que parece é que o Estado está criando uma barreira protetora para que as multinacionais e os latifundiários dominem todas as terras disponíveis para a implantação da monocultura, de atividades predatórias ou simplesmente para ficarem improdutivas e desocupadas?
Se o campo não planta, a cidade não janta!
Todo nosso apoio ao MST e ao assentamento das famílias acampadas!
“Preferimos morrer lutando, do que morrer de fome”.
No final, sabemos que apesar de você, o jardim vai florescer.
A pesar tuyo, el MST continúa en la lucha[1]
por mulheres rebeldes
fotos : http://www.flickr.com/photos/marianapessah/sets/72157617446686586/
Ahora em lingua argentina
Otro campamento del Movimiento de Trabajadorxs rurales Sin Tierra del estado de Rio Grande do Sul, está amenazado de desalojo por el Ministerio Público Federal. Lxs abogadxs respondieron, pero ayer la respuesta fue negativa.
Este campamento, llamado Sta. Rita de Cássia II, localizado en el município de Nova Sta. Região Metropolitana de Porto Alegre, abriga cerca de 400 adultxs y 200 niñxs que se instalaron hace 3 años.
Esta acción no tiene lógica dado que está situado dentro de un asentamiento del MST, o sea, tierras ya conquistadas por la reforma agraria. Las familias son unánimes en su argumentación: “fue un espacio conquistado con lucha y la decisión es de resistir.” “Estamos dispuestxs a todo, inclusive a morir” dice una voz y agrega, “Solo no aceptaremos perder este espacio”.
Para nosotrxs, no es un desalojo más, es otra batalla a ganar, agrega una líder del movimiento. Se refiere a los dos desalojos que sufrieron recientemente también en este estado.
Una adolescente agrega, “ya no podemos ni sentarnos para tomar un mate con calma, estamos con el tema de que ellos llegan a cualquier momento, pero nosotrxs resistiremos” dice levantando el puño izquierdo.
Lo que ellos quieren, es acabar con el MST para que el Movimiento no organice más lxs pobres del campo y de la ciudad, agrega otra voz.
Recientemente, el gobierno impidió a lxs niñxs que residen en los campamentos de estudiar, prohibiendo el funcionamiento de las escuelas itinerantes, alegando que los colegios de los municipios tenían vagas. Cuando el Movimiento se comunicó para averiguar, respondieron que sería imposible abrigar tantxs niñxs. Las familias insisten en continuar con las escuelas itinerantes, porque la lucha es itinerante. Por ejemplo, si las personas de este campamento fueran expulsadas y temporariamente acampadas a 300 kilómetros del local actual, lxs niñxs tendrían que adaptarse nuevamente a otro grupo, otro nivel, sea más alto o más bajo. Cuando la escuela es itinerante, acompaña lxs niñxs, priorizando la enseñanza, permaneciendo el mismo grupo de estudiantes y docentes.
¿Por qué el Gobierno estadual y el Ministerio Público Federal insisten en criminalizar y perjudicar al movimiento? ¿Será que nos quieren meter miedo, hacer de cuenta que la dictadura militar no se acabó? Sabemos que quieren acabar con el MST, pero también sabemos que eso es imposíble.
Y lo que más irrita al gobierno, es que lxs activistas no tengan miedo, eso descoloca hasta al más armado.
Ellxs preferirían que lxs niñxs acampadxs, junto con sus padres/madres, recibiendo educación diariamente, estuviesen en las villas de las grandes ciudades, expuestxs a la violencia de la policía y de los traficantes? Que las familias allí acampadas a la espera de tierras para cultivar y obtener su sustento, como tantas otras que ya viven en los asentamientos del estado y del país, estuviesen desempleadxs, o subempleadxs, aumentando la creciente miseria del otrora estado llamado de clase alta brasilera.
En una época que la gobernación pretende transformar viejas escuelas en modernas prisiones, e inclusive privatizarlas, es urgente denunciar y apoyar a nuestrxs compañerx de lucha.
Pareciera que el Estado está creando una barrera protectora para que las multinacionales y los latifundios dominen todas las tierras disponibles para la implantación de la monocultura, de actividades predatorias o simplemente para transformarlas simplemente en improductivas y desocupadas.
¡Si el campo no planta, la ciudad no come!
¡Todo nuestro apoyo al MST y a los prontos asentamientos de las familias acampadas!
“Preferimos morir luchando, que morir de hambre”.
Al final, sabemos que a pesar tuyo, el jardín va a florecer.
[1] Aquí se parafrasea a la canción del cantautor Chico Buarque en la que le dedicaba este tema a los militares en la época de la dictadura. Vuelve a aparecer en la última frase de este texto, con la misma canción.
Primero en lengua brasilera
Mais um acampamento do Movimento dxs trabalhadores rurais sem terra do Rio Grande do Sul, está ameaçado com uma ação de despejo emitida pelo Ministério Público Federal. Xs advogadxs entraram com uma liminar, mas ontem ela foi negada.
Esse acampamento, chamado Sta. Rita de Cássia II, localizado no município de Nova Sta. Região Metropolitana de Porto Alegre, acolhe cerca de 400 adultxs e 200 crianças que lá se instalaram há mais de 3 anos.
Essa ação não tem lógica dado que esse acampamento está situado dentro de um assentamento do MST. As famílias são unânimes em sua argumentação: “esse foi um espaço conquistado com luta, é uma área de reforma agrária e a decisão é de resistir.” “Estamos dispostxs a tudo, até a morrer” diz uma voz e acrescenta, “Só não aceitaremos perder este espaço”.
Para nós, não é mais um despejo no movimento, é mais uma batalha a ganhar, acrescenta uma liderança do movimento. Na sua fala, refere-se aos dois despejos que sofreram recentemente também no RS.
Uma menina de quinze anos acrescenta, “já não podemos nem sentar para tomar um mate (chimarrão) com calma, estamos na expectativa de que eles cheguem a qualquer momento, mas nois resistiremos”.
O que eles querem, é acabar com o MST para que o Movimento não organize mais os pobres do campo e da cidade, acrescenta outra voz.
Recentemente o governo impediu as crianças que residem nos acampamentos de estudar, proibindo o funcionamento das escolas itinerantes, alegando que os colégios dos municípios tinham vagas. Quando o Movimento se comunicou com algumas delas responderam que seria impossível acolher tantas crianças. As famílias insistem na manutenção das escolas itinerantes, porque a luta é itinerante. Se, por exemplo, esse povo for despejado e temporariamente acampado a 300 kilometros do atual local, as crianças teriam que se adaptar novamente a um outro grupo, a outro nível, seja ele mais alto ou mais baixo. Quando a escola é itinerante, acompanha as crianças, priorizando o ensino, permanecendo o mesmo grupo de estudantes e docentes.
Por que o Governo do RS e o Ministério Publico Federal insistem em criminalizar e prejudicar o movimento? Será que o governo do RS pretende nos lembrar que a ditadura militar não acabou? É evidente que o seu desejo é terminar com o Movimento dxs trabalahdorxs sem terra, mas nós sabemos que isso é impossível.
Prefeririam talvez que as crianças que ali habitam, junto com seus pais/mães, recebendo educação diariamente, estivessem nas favelas das grandes cidades, expostas à violência da polícia e dos traficantes? Que as famílias ali acampadas a espera de terras para cultivar e obter o seu sustento, como tantas outras que vivem nos assentamentos gaúchos, estivessem desempregadas, ou subempregadas, aumentando a crescente miséria do antigo Sul Maravilha?
Numa época que a governadora pretende transformar velhas escolas em modernas prisões, e até privatizá-las, é urgente denunciar e apoiar a nossxs companheirx de luta.
De fato, o que parece é que o Estado está criando uma barreira protetora para que as multinacionais e os latifundiários dominem todas as terras disponíveis para a implantação da monocultura, de atividades predatórias ou simplesmente para ficarem improdutivas e desocupadas?
Se o campo não planta, a cidade não janta!
Todo nosso apoio ao MST e ao assentamento das famílias acampadas!
“Preferimos morrer lutando, do que morrer de fome”.
No final, sabemos que apesar de você, o jardim vai florescer.
A pesar tuyo, el MST continúa en la lucha[1]
por mulheres rebeldes
fotos : http://www.flickr.com/photos/marianapessah/sets/72157617446686586/
Ahora em lingua argentina
Otro campamento del Movimiento de Trabajadorxs rurales Sin Tierra del estado de Rio Grande do Sul, está amenazado de desalojo por el Ministerio Público Federal. Lxs abogadxs respondieron, pero ayer la respuesta fue negativa.
Este campamento, llamado Sta. Rita de Cássia II, localizado en el município de Nova Sta. Região Metropolitana de Porto Alegre, abriga cerca de 400 adultxs y 200 niñxs que se instalaron hace 3 años.
Esta acción no tiene lógica dado que está situado dentro de un asentamiento del MST, o sea, tierras ya conquistadas por la reforma agraria. Las familias son unánimes en su argumentación: “fue un espacio conquistado con lucha y la decisión es de resistir.” “Estamos dispuestxs a todo, inclusive a morir” dice una voz y agrega, “Solo no aceptaremos perder este espacio”.
Para nosotrxs, no es un desalojo más, es otra batalla a ganar, agrega una líder del movimiento. Se refiere a los dos desalojos que sufrieron recientemente también en este estado.
Una adolescente agrega, “ya no podemos ni sentarnos para tomar un mate con calma, estamos con el tema de que ellos llegan a cualquier momento, pero nosotrxs resistiremos” dice levantando el puño izquierdo.
Lo que ellos quieren, es acabar con el MST para que el Movimiento no organice más lxs pobres del campo y de la ciudad, agrega otra voz.
Recientemente, el gobierno impidió a lxs niñxs que residen en los campamentos de estudiar, prohibiendo el funcionamiento de las escuelas itinerantes, alegando que los colegios de los municipios tenían vagas. Cuando el Movimiento se comunicó para averiguar, respondieron que sería imposible abrigar tantxs niñxs. Las familias insisten en continuar con las escuelas itinerantes, porque la lucha es itinerante. Por ejemplo, si las personas de este campamento fueran expulsadas y temporariamente acampadas a 300 kilómetros del local actual, lxs niñxs tendrían que adaptarse nuevamente a otro grupo, otro nivel, sea más alto o más bajo. Cuando la escuela es itinerante, acompaña lxs niñxs, priorizando la enseñanza, permaneciendo el mismo grupo de estudiantes y docentes.
¿Por qué el Gobierno estadual y el Ministerio Público Federal insisten en criminalizar y perjudicar al movimiento? ¿Será que nos quieren meter miedo, hacer de cuenta que la dictadura militar no se acabó? Sabemos que quieren acabar con el MST, pero también sabemos que eso es imposíble.
Y lo que más irrita al gobierno, es que lxs activistas no tengan miedo, eso descoloca hasta al más armado.
Ellxs preferirían que lxs niñxs acampadxs, junto con sus padres/madres, recibiendo educación diariamente, estuviesen en las villas de las grandes ciudades, expuestxs a la violencia de la policía y de los traficantes? Que las familias allí acampadas a la espera de tierras para cultivar y obtener su sustento, como tantas otras que ya viven en los asentamientos del estado y del país, estuviesen desempleadxs, o subempleadxs, aumentando la creciente miseria del otrora estado llamado de clase alta brasilera.
En una época que la gobernación pretende transformar viejas escuelas en modernas prisiones, e inclusive privatizarlas, es urgente denunciar y apoyar a nuestrxs compañerx de lucha.
Pareciera que el Estado está creando una barrera protectora para que las multinacionales y los latifundios dominen todas las tierras disponibles para la implantación de la monocultura, de actividades predatorias o simplemente para transformarlas simplemente en improductivas y desocupadas.
¡Si el campo no planta, la ciudad no come!
¡Todo nuestro apoyo al MST y a los prontos asentamientos de las familias acampadas!
“Preferimos morir luchando, que morir de hambre”.
Al final, sabemos que a pesar tuyo, el jardín va a florecer.
[1] Aquí se parafrasea a la canción del cantautor Chico Buarque en la que le dedicaba este tema a los militares en la época de la dictadura. Vuelve a aparecer en la última frase de este texto, con la misma canción.
Um comentário:
Hola compañeras! muy lindo lo escrito lo difundimos en nuestro blog! felicez por las buenas noticias que llegan!, queriamos preguntar, porque se dice que traducción en lengua argentina? jej kreo ke es la misma traducción en le ngua colombiana, venezolana, bolivariana, entre otras!, o tiene algun lenguaje propio argentino? un abraxo, solo una duda que nos surge jej, abraxos
sisterhood!
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