del libro Esta puente, mi espalda
Voces de mujeres tercermundistas en los Estados Unidos.
Editado por Cherríe Moraga y Ana Castillo
El poema de la puente
Kate Rushin
Estoy harta,
Enferma de ver y tocar
ambos lados de las cosas
Enferma de ser la condenada puente de todos
Nadie
se puede hablar
Sin mí
¿No es cierto?
Explico mi madre a mi padre mi padre a mi hermanita
mi hermanita a mi hermano mi hermano a las feministas blancas
las feministas blancas a la gente de la Iglesia Negra
la gente de la iglesia Negra a los ex - jipis
los ex - jipis a los separatistas Negros
los separatistas Negros a los artistas
los artistas a los padres de mis amigos…
Después
tengo que explicarme a mí misma
a todos
Hago más traducciones
que las malditas Naciones Unidas.
Olvídense
Me enferman
Estoy enferma de llenar sus huecos
Enferma de ser su seguro contra
el aislamiento de sus autoimpuestas limitaciones
Enferma de ser la loca en sus cenas festivas
Enferma de ser la rara de sus meriendas del domingo
Enferma de ser la única amiga Negra de 34 individuos blancos
Encuéntrense otra conexión al resto del mundo
Encuéntrense otra cosa que los legitime
encuéntrense otra manera de ser políticas y estar a la moda
No seré su puente a su feminidad
su masculinidad
Su humani-dad
Estoy enferma de recordarles que no
se ensimismen tanto por mucho tiempo
Estoy enferma de mediar sus peores calidades
de parte de sus mejores
Estoy enferma
de recordarles
que respiren
antes de que se asfixien
con sus propias tarugadas
Olvídense
Crezcan o ahóguense
evolucionen o muéranse
La puente que tengo que ser
es la puente a mi propio poder
Tengo que traducir
mis propios temores
Mediar
mis propias debilidades
Tengo que ser la puente a ningún lado
más que a mi ser verdadero
y después
seré útil
La afromamericana Kate Rushin nació en 1951 y se crió en Camden y Lawnside, New Jersey. (“Lawnside era un pueblo totalmente de Negros”). Por doce años ha vivido Massachusetts donde ha trabajado como maestra de poesía de las escuelas públicas de Boston, ha sido miembra de la colectiva de la librería de mujeres New Word, y ha desarrollado para la radio un programa comunitario para las mujeres de Boston.
la metáfora del tiempo. foto : marian pessah
agora em lingua brasileira
do livro Esta puente, mi espalda
Vozes de mulheres tercermundistas nos Estados Unidos.
Editado por Cherríe Moraga e Ana Castillo
O poema da ponte
Kate Rushin
Tradução mariana pessah e clarisse castilhos
Estou farta,
Doente de ver e tocar
ambos os lados das coisas
Doente de ser condenada à ponte de todos
Ninguém
pode se falar
sem mim
Não é verdade?
Explico minha mãe ao meu pai meu pai à minha irmã
minha irmã ao meu irmão meu irmão às feministas brancas
as feministas brancas às pessoas da Igreja Negra
as pessoas da Igreja Negra aos ex - jipis[1]
os ex - jipis aos separatistas Negros
os separatistas Negros aos artistas
os artistas aos pais dos meus amigos…
Depois
tenho que explicar eu mesma
a todos
Faço mais traduções
que as malditas Nações Unidas.
Me esqueçam
me adoecem
Estou doente de preencher os seus espaços
Doente de ser o seu seguro contra
o isolamento de suas limitações auto-impostas
Doente de ser a louca nas suas jantas festivas
Doente de ser a estranha dos seus chás de domingo
Doente de ser a única amiga Negra de 34 indivíduos brancos
Encontrem outra conexão com o resto do mundo
encontrem outra coisa que os legitime
encontrem outra maneira de ser políticas e estar na moda
Não serei a ponte a sua femininidade
sua masculinidade
sua humani-dade
Estou doente de lembrar que não
se ensimesmem tanto por muito tempo
Estou doente de mediar suas piores qualidades
com parte das suas melhores
Estou doente
de lembrar
que respirem
antes de que se asfixiem
com suas próprias burrices
Me esqueçam
cresçam ou se afoguem
evoluam ou morram
A ponte que tenho que ser
é a ponte ao meu próprio poder
Tenho que traduzir
meus próprios temores
Mediar
minhas próprias debilidades
Tenho que ser a ponte a nenhum lado
mais do que ao meu ser verdadeiro
e depois
serei útil
A afro-americana Kate Rushin nasceu em 1951 e se criou em Camden e Lawnside, New Jersey. (“Lawnside era uma cidade totalmente de Negros”). Durante doce anos viveu em Massachusetts onde trabalhou como professora de poesia das escolas públicas de Boston, foi membra da coletiva da livraria de mulheres New Word, e desarrochou para a radio um programa comunitário para as mulheres de Boston.
[1] Nota da poeta: Hippies (jipis): um fenômeno dos anos sessenta, foram uma expressão em massa da juventude classe média contra as normas estabelecidas pela sociedade. Uns vinte anos depois, a maioria deles se encontra numa posição de classe semelhante a de seus pais.
Um comentário:
Hola! estaba buscando en la red el poema de Kate Rushin, acabo de leer un fragmento y me encantó, y bueno, pues lo encontré en tu blog y quise postearlo de inmediato en el mío, así que te pongo de link a forma de referencia, sé que debí haber pedido permiso antes de hacerlo y esperar tu respuesta... pero la ansiedad me mata, espero no tengas problema alguno, por cierto mi blog es lameraverda.blogspot.com
Muchos saludos!!
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